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De novo, transporte público pode mudar
Após insatisfação da população, Prefeitura de Ribeirão Preto fará pesquisa para detectar os problemas pontuais
Segundo a Transerp, dependendo do resultado da pesquisa, cidade pode voltar a ter as linhas antigas
Pouco mais de duas semanas após Ribeirão Preto ter mudado seu sistema de transporte público -com alterações de algumas das principais linhas de ônibus-, a prefeita Dárcy Vera (PSD) anunciou ontem que vai realizar uma pesquisa que pode provocar novas modificações.
A decisão foi tomada porque as mudanças, realizadas a partir do último dia 10, geraram uma insatisfação generalizada por parte dos usuários.
A pesquisa de opinião vai começar amanhã e deve ser concluída na sexta-feira -data em que possíveis alterações poderão ser divulgadas.
Para realizar a pesquisa, uma empresa será contratada -os valores não foram divulgados pela prefeitura.
De acordo com a prefeita, a mudança do dia 10, que contou com ampliação de horários e alteração de itinerário, não agradou "a grande maioria" dos 180 mil usuários do transporte público.
Segundo ela, a maior insatisfação é dos usuários que utilizam as linhas Hospital das Clínicas, Parque Ribeirão Preto e Ribeirão Shopping.
Os problemas estão nos itinerários 309 (Jardim Independência/HC), 409 (Sumaré/HC), 336 (Castelo Branco/HC), 346 (Santa Cruz), 109 (Circular Jardim Paulista) e 209 (Circular Sumaré).
Essas localidades sofreram alterações de itinerário e foram incorporadas às linhas que permitem a integração em vários pontos da cidade.
"Queremos saber qual é a real insatisfação dos usuários e o lado positivo das alterações", disse a prefeita.
O superintendente da Transerp, Willian Latuf, informou que, se na sexta-feira o resultado apontar mais insatisfação do que satisfação por parte da população, mudanças serão feitas.
"Se preciso, vamos voltar a ter as linhas antigas com mais ônibus", acrescentou a prefeita, que afirmou que, após 27 anos sem mudança no transporte público, "é normal que haja demora na adaptação dos usuários".
O diretor de transportes da Transerp, José Mauro Araújo, disse, no entanto, que sem as integrações que passaram a ser permitidas em algumas linhas, as pessoas que perdiam um ônibus chegavam a a esperar cerca de 50 minutos por outro. "Hoje, elas esperam 12 minutos. A população ainda não sentiu o projeto, que está em andamento."
O aumento de 11% no valor da tarifa do transporte público em 22 de janeiro também é questionado pela população. De R$ 2,60, passou para R$ 2,90.