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Greve de sapateiros termina após proposta de reajuste de 9%
Sindicato da categoria acatou reajuste oferecido pelas indústrias
DE RIBEIRÃO PRETO
O Sindicato dos Sapateiros de Franca decidiu ontem colocar fim à greve dos trabalhadores na cidade. As paralisações completariam uma semana hoje.
A categoria aprovou, em assembleia realizada à tarde, a proposta de 9% de reajuste salarial oferecida na manhã de ontem pelo Sindifranca (Sindicato da Indústria de Calçados de Franca).
Segundo o sindicato, a negociação inclui o pagamento de 104 horas de PLR (participação nos lucros) e abono escolar de 9% pago em dinheiro -a reivindicação inicial era ampliar a PLR de 94 para 150 horas.
Em fevereiro, os trabalhadores vão receber 8,5% de reajuste. O 0,5% restante fica para a folha de pagamento de junho.
Apesar de a negociação não ter chegado aos 10% reivindicados pelos sapateiros, a categoria considera a movimentação dos últimos dias vitoriosa.
"Paramos 12 fábricas, várias delas anteciparam reajustes de 8%, 8,5% e até 9%. Mais de 6.000 trabalhadores cruzaram os braços", disse Fábio Cândido, presidente do sindicato.
Já Sindifranca afirmou que a paralisação foi baixa e atingiu poucas empresas.
A entidade afirma que a assembleia realizada entre os empresários não alterou o número de horas da PLR.
"Assinamos um termo de consulta mútua em que consta que cada um poderia consultar suas assembleias. Não aprovamos o pagamento das 104 horas", disse o presidente do sindicato das fabricantes de calçados na cidade, José Carlos Brigagão do Couto.