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ONGs de Ribeirão criticam eleição de Feliciano

Deputado de Orlândia já tinha sido alvo de queixa há dois anos; ato reúne 50 no centro

JULIANA COISSI DE RIBEIRÃO PRETO

Taxado de racista e homofóbico em escala nacional, o deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi criticado por ONGs da região após assumir a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.

Ele, que já havia sido repudiado pela comunidade negra em Ribeirão Preto em 2011, também foi alvo de protesto de 50 pessoas anteontem, no centro da cidade.

Em 2011, a ONG Orunmilá publicou manifesto após uma declaração na internet do pastor, que é de Orlândia.

Segundo Feliciano escreveu na época, os africanos são descendentes de um "ancestral amaldiçoado por Noé" -em referência ao personagem que, segundo a Bíblia, construiu uma arca para enfrentar um dilúvio na Terra.

"Essa teoria não é nova", diz o documento da ONG. "Foi desenvolvida no período da escravização da população africana nas Américas para aplacar os dramas de consciência dos cristãos."

Ainda segundo o texto, a teoria foi usada pelos "que se utilizaram de um crime de lesa humanidade, a escravidão, para aprisionar, traficar, matar e explorar, acumulando os bens e privilégios econômicos, sociais e culturais que a população branca usufrui no mundo até os dias atuais".

Passados dois anos, o fundador do Orunmilá, Paulo Cesar Pereira de Oliveira, 58, disse à Folha lamentar que Feliciano presida "uma comissão que preza pelos direitos humanos".

Além da pecha de "racista", Feliciano também responde no STF (Supremo Tribunal Federal) a uma acusação de homofobia por uma citação no microblog Twiter: "A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à rejeição".

Representante da ONG Rosa Vermelha, que atua na comunidade gay de Ribeirão desde 1995, Joana D'Arc Costa, 57, diz que o comentário "não só foi homofóbico, como anti-humanista".

"Sinto muito pelas declarações dele [deputado], de uma pessoa que infelizmente está no poder. O povo precisa refletir muito ao votar."

A reportagem procurou o deputado, mas seus assessores informaram que ele estava em viagem. Ele já negou, anteriormente, as acusações.


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