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Brasil testa pomada contra leishmaniose

Terapia teve bons efeitos em animais e pode diminuir efeitos colaterais de injeções atuais

GIULIANA MIRANDA ENVIADA ESPECIAL A IPOJUCA*

Pesquisadores brasileiros apostam em uma pomada para substituir as dolorosas injeções do tratamento contra a leishmaniose, doença que afeta 2 milhões de pessoas por ano no mundo.

O estudo ainda está restrito a roedores, mas os primeiros testes com humanos não devem demorar. Nas experiências, o produto teve sucesso contra as lesões típicas da enfermidade.

"Estamos avançando", afirmo Bartira Rossi, do Instituto de Biofísica Carlos Chagas da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), responsável pelo trabalho.

A pesquisadora entusiasmou a plateia do 5º World Leish, o Congresso Mundial de Leishmaniose, que reuniu em Pernambuco os maiores especialistas da área.

Além de mais conveniente e menos dolorosa, a substituição das injeções por uma pomada também deve diminuir os severos efeitos colaterais da medicação atual, que vão desde náuseas e dores até toxicidade hepática.

A pomada usa um remédio que já é usado no tratamento da leishmaniose, o Glucantime. A Sanofi, farmacêutica que fabrica o medicamento, está patrocinando o estudo brasileiro e se diz otimista com os resultados.

Em conversa com a imprensa, Robert Sebbag, vice-presidente de Acesso a Medicamentos da empresa, já fala do projeto como opção de tratamento real no futuro.

"Mas, é claro, ainda está muito cedo para dizer quando isso vai acontecer", diz ele.

Anteriormente restrita a zonas rurais, a leishmaniose vem avançando sobre as áreas urbanas e seus arredores. Ela pode ser causada por várias espécies de protozoários do gênero Leishmania.

Ele é transmitido ao homem por mosquito flebótomo, mais conhecido como birigui ou mosquito-palha. Nas áreas urbanas, os cães são as maiores fontes de infecção.

Ao contrário do Aedes aegypti, que transmite a dengue, "não é fácil localizar os criadouros dos flebótomos", diz Sinval Pinto Brandão Filho, cientista da Fiocruz-PE e presidente do congresso.

Há casos da doença em todo o Brasil, mas a maioria está no Norte e Nordeste.


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