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Ricos atrasaram a extensão de pacto do clima, afirma brasileiro

Para negociador-chefe, conversas no Qatar agora se aceleraram

Karim Jaafar/France Presse
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fala em Doha
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, fala em Doha
GIULIANA MIRANDA ENVIADA ESPECIAL A DOHA

O negociador-chefe do Brasil na COP-18, a convenção do clima da ONU que acontece até sexta em Doha, no Qatar, afirmou que as negociações para a extensão do Protocolo de Kyoto estão "em ritmo acelerado", mas que ainda é cedo para falar em resultados.

"Hoje é terça-feira, e nas terças [nessas convenções] nós não temos grandes decisões. Elas vão ser tomadas no fim da semana", resumiu o embaixador Luiz Alberto Figueiredo Machado.

Ele subiu o tom quanto à responsabilidade pelas dificuldades nas negociações.

"Essa negociação poderia ter acabado vários anos atrás, o que não aconteceu porque os países desenvolvidos quiseram adiar a decisão. Mas nós não podemos mais adiar. Os compromissos acabam no fim deste mês e nós precisamos de algo já no primeiro dia do ano que vem", afirmou.

O posicionamento mais enérgico do Brasil veio após um pedido do presidente da COP-18, Abdullah Bin Hamad Al Attiyah, para que o país, juntamente com a Noruega, intercedesse no processo de extensão de Kyoto.

Firmado em 1997, o protocolo compromete as nações desenvolvidas a reduzirem em 5,2% suas emissões de gases-estufa, entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de 1990. Hoje o único pacto mundial de proteção climática, ele deixa de valer no próximo dia 31.

Na conferência do ano passado, em Durban, na África do Sul, os países-membros concordaram em redigir um novo tratado em 2015, a ser implementado até 2020. Para não deixar o mundo sem nenhuma meta de redução, propuseram um "puxadinho" do protocolo inicial.

O maior entrave às negociações continua sendo o chamado "hot air", carbono que alguns países deixaram de emitir além das metas de Kyoto por causa do declínio econômico, e não porque efetivamente tenham limpado sua matriz energética.

Um grupo liderado por Rússia, Polônia e Ucrânia, cujas emissões caíram significativamente nesses termos, quer que tais "sobras" sejam levadas para a próxima etapa do acordo.

Com a abertura oficial das negociações de alto nível, ontem à tarde, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu urgência e responsabilidade aos países ricos. "Estamos em uma corrida contra o tempo para evitar o aquecimento global", declarou Ban.


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