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Capes teve queda de despesa com pessoal
Órgão do Ministério da Educação se queixa de falta de estrutura para atender bolsistas
O aumento no número de bolsas concedidas pelo governo federal a universitários nos últimos dois anos não foi acompanhado de uma ampliação no quadro de pessoal da Capes, órgão do Ministério da Educação que gerencia repasses do programa Ciência sem Fronteiras.
A despesa com pessoal da Capes, entre 2009 e 2012, sofreu queda de 7,8%, caindo de R$ 52,1 milhões em 2009 (valor corrigido pela inflação do período) para R$ 48,1 milhões no ano passado.
Entre 2009 e 2011, o volume de recursos aplicados pelo órgão em bolsas e outros incentivos à pesquisa saltou 13,6%. De R$ 1,5 bilhão em 2009, a verba investida passou para R$ 1,79 bilhão em 2011 (valores corrigidos).
Anteontem, o presidente da Capes, Jorge Guimarães, se queixou da falta de mão de obra para atender bolsistas, depois de a Folha ter revelado, na quarta, que uma universidade britânica ofereceu empréstimos emergenciais de 500 libras (R$ 1.631) para cobrir atrasos do governo nos repasses de ajuda de custo a estudantes brasileiros.
Segundo ele, o número de bolsas concedidas passou de 4.000 em 2010 para 12 mil no ano passado, após a implantação do Ciência sem Fronteiras. Com isso, aumentou o número de países onde brasileiros estudam -e demandam atenção da Capes.
Em 2001, os bolsistas de pós-graduação estavam concentrados em 24 países. Uma década depois, 44 nações recebem os pesquisadores.
"Estamos recebendo mais 140 servidores para a Capes toda, o que é muito pouco. Sabe quanto a Capes gasta com pessoal? 1,4% do seu orçamento", disse Guimarães.
"A Fapesp [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo] gasta 5%."