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Kindle Paperwhite é bom, mas tela tátil decepciona

E-reader da Amazon, a partir de R$ 479, tem como principal concorrente o Kobo Glo

Versão mais cara inclui acesso a redes 3G em mais de cem países, sem necessidade de assinar um plano

EMERSON KIMURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Amazon começou a vender no Brasil o Kindle Paperwhite, seu modelo de e-reader mais avançado. As principais diferenças em relação ao Kindle básico, lançado por aqui no final do ano passado, são a tela sensível ao toque, a resolução maior e a iluminação embutida. São acréscimos bem-vindos, mas a implantação deles poderia ter desempenho melhor.

A iluminação é muito útil para a leitura em ambientes escuros, mas a tela não recebe luz de maneira uniforme. Nesse quesito, o Kobo Glo, seu principal concorrente, é melhor. O Paperwhite, por sua vez, permite um ajuste mais preciso da intensidade da luz -com um porém: não é possível apagá-la por completo durante a leitura.

A tela sensível ao toque responde bem à maioria dos comandos, mas toques rápidos não são registrados com precisão. O teclado exige uma digitação lenta.

A qualidade da imagem é um pouco decepcionante. A tela tem resolução maior que a do Kindle básico, mas essa vantagem é pouco pronunciada -devido basicamente ao baixo contraste e à falta de nitidez. Os caracteres são exibidos com uma tonalidade muito clara, e as bordas aparecem suaves demais.

A resolução do Paperwhite permite o uso de fontes tipográficas mais detalhadas e com exibição mais "limpa". As curvas, por exemplo, têm aparência menos serrilhada, principalmente com letras pequenas. Ainda assim, sua legibilidade é inferior à do Kindle básico, que exibe letras mais escuras e com bordas mais abruptas, bem definidas. Por isso, opções de ajuste de contraste e nitidez seriam bons recursos a serem oferecidos no Paperwhite.

O hardware, no geral, é bom. O aparelho é leve, compacto e resistente. Tem aparência sóbria e, nas costas, textura emborrachada -que é agradável, mas suja com facilidade. Infelizmente, não tem botões físicos para trocar a página, ajustar o brilho ou voltar à tela inicial, que seriam bem convenientes.

O Kindle Paperwhite é vendido em duas versões. A mais barata (R$ 479) tem apenas conexão wi-fi; e a mais cara (R$ 699) inclui acesso a redes 3G em mais de cem países, sem necessidade de assinar um plano de dados.

A conexão 3G, apesar de bem limitada, pode ser usada para comprar e baixar conteúdo, sincronizar dados, traduzir trechos do livro (com a ferramenta embutida, que usa o Bing) e acessar a Amazon e a Wikipédia.

A versão com 3G pode ser útil para quem tem pouco acesso a redes wi-fi ou faz questão de conexão ubíqua e permanente pelo mundo. Para os outros, é difícil justificar a diferença de preço.


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