Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Acervos são extensos, mas carecem de alguns clássicos
Qualidade e número de serviços de música por streaming no Brasil aumentam, mas eles ainda não substituem totalmente o MP3
A oferta de serviços de música por assinatura no Brasil aumentou nos últimos anos. O último teste da Folha, em 2011, contemplava apenas dois, Sonora e Rdio --agora, foram testados seis. Mas, apesar da evolução em número e em qualidade de recursos, ainda não dá para abandonar de vez os arquivos MP3 armazenados no computador.
Nos testes da Folha, o Grooveshark foi, com uma margem grande, o que mostrou o melhor acervo.
Por outro lado, a experiência de uso foi a pior no que é mais importante --ouvir as músicas. Faixas repetidas e desorganizadas que saem do ar sem aviso, informações erradas e engasgos são inevitáveis quando se usa o Grooveshark.
Os catálogos dos serviços são parecidos. As exceções, cada uma em um extremo, são o já citado Grooveshark, fartamente alimentado de músicas pelos usuários, e o Terra Sonora, bem mais limitado que os concorrentes.
Somando tudo, Deezer, Rdio e Spotify são as melhores opções. No teste de acervo, Rdio e Spotify levaram pequena vantagem, mas os três catálogos são abrangentes --apesar da ausência de vários discos importantes-- e ágeis para disponibilizar as faixas.
No caso do Spotify, os testes foram feitos usando uma conta britânica. Como o licenciamento das músicas é feito em cada país, dificilmente o catálogo brasileiro será igual.
O Music Unlimited também tem um bom acervo, mas a falta de capricho no design e a lentidão --tanto no navegador quanto nos apps-- tira o serviço da Sony da disputa.
Já as interfaces de usuário do Deezer e do Spotify são competentes, mas não chegam ao nível do Rdio, muito simples, limpo e funcional.
Em resumo, a oferta de música nesses serviços é generosa e deve cobrir a demanda de muitos usuários. Entretanto, com tantas ausências importantes, como discos dos Beatles e álbuns simbólicos da discografia nacional, ainda não dá para abandonar os velhos MP3.
Até agora, o Deezer apresentou a solução mais interessante para o problema. O usuário pode fazer upload das músicas, do seu computador para os servidores da empresa, e incorporá-las à sua conta do serviço.