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Google amplia hegemonia com a rede Waze
Serviço de mapas, comprado por US$ 1 bi, tem como trunfo geolocalização dos usuários
Após uma disputa com Apple e Facebook, o Google desembolsou mais de US$ 1 bilhão, na semana passada, pelo Waze, um serviço de mapas que se alimenta de informações postadas pelos seus 50 milhões de usuários.
O valor do negócio, quarto maior da história do Google, indica a crescente importância dos serviços de geolocalização na estratégia dos gigantes da tecnologia. Em jogo estão os dados de usuários, que podem ser transformados em propagandas ainda mais específicas de companhias perto da localização física marcada pela pessoa.
Com o aumento do número de donos de smartphones --no Brasil, a penetração dos aparelhos dobrou no ano passado, segundo o Ibope--, o volume das informações produzidas por usuários de mapas deve crescer, pois serviços do tipo são populares em dispositivos móveis.
Ao comprar a empresa israelense, o Google, já líder no serviço, garantiu uma importante vitória sobre os concorrentes, sufocando os planos de outras companhias ganharem espaço. Enquanto a Apple sofre com o seu sistema, o Facebook só permite fazer check-in em lugares, mas sem planejar rotas.
"O Waze é o único competidor razoável ao Google Maps no espaço móvel", disse Noam Bardin, executivo-chefe do Waze, em abril.
Dado o crescimento do abismo entre Google e a concorrência, a gigante pode ter dificuldades para concretizar o negócio, que pode ser barrado em órgãos que regulamentam o comércio nos EUA.