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'No futuro, celular se tornará DJ pessoal'

Serviços recomendarão música conforme contexto, diz cofundador da Echo Nest, parceira de Rdio, Spotify e Twitter

Empresa fundada em 2005 alcança 100 milhões de pessoas por mês com tecnologia de inteligência musical

YURI GONZAGA DE SÃO PAULO

Usado por empresas do porte de BBC, MTV, Nokia e Twitter, o software de interpretação musical da americana Echo Nest já "ouviu" e dissecou os atributos de 35 milhões de canções, com os quais gera recomendações e cria estações de rádio virtuais personalizadas.

O cofundador da empresa, Tristan Jehan, 38 --que tem um título de pós-doutorado em escuta automatizada e uma banda de bossa nova, na qual toca teclado--, diz que a capacidade de entender a música "acústica e socialmente" da tecnologia que faz companhias rivais (e especializadas, caso de Rdio e Spotify) recorrerem à Echo Nest.

"Iniciamos a companhia logo após terminar o PhD no MIT [Instituto de Tecnologia de Massachusetts], num campo academicamente jovem."

"Então, quando as empresas começaram a precisar de uma solução musical, nós já a tínhamos."

Hoje, a Echo Nest atende 100 milhões de pessoas por meio de suas 431 parcerias.

Em posse das características mecânicas da música, como ritmo, tom e melodia, a companhia as cruza com informações subjetivas e de origem humana para recomendar artistas novos.

Alimentada por esse conteúdo subjetivo, a máquina pode definir melhor estilos. É capaz, por exemplo, de distinguir gravações ao vivo das de estúdio e as apresentações acústicas das "elétricas".

"Empregamos pessoas que dizem se uma música é dançante ou triste, por exemplo, além de vasculharmos [de maneira automática] milhões de posts de blogs, notícias e críticas musicais todos os dias", diz Jehan, que acredita que o futuro da música está no modelo de streaming, (reprodução on-line).

"Cada vez mais, teremos acesso a toda música, em todo lugar e todo momento. No futuro, seu gosto' poderá segui-lo, facilitando o acesso a música relevante e contextualizada: dispositivos poderão agir como um personal DJ', sincronizando seu gosto, ambiente e atividade", diz.

BRASIL

O interesse pela música do Brasil vem de seu pai, músico, e de amigos brasileiros. "Visitei o país algumas vezes e aprendi a gostar da cultura. Então, peguei um violão e aprendi a tocar no estilo de João Gilberto", conta.

"A música brasileira é bastante especial. Há muitos ritmos complexos, e o suingue que há é único."

O maracatu, por exemplo, tem batida "praticamente insuportável" para ouvidos não treinados, diz Jehan, mas soa "totalmente natural" para locais. "Isso mostra que, assim como as máquinas, temos que aprender a ouvir."


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