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Em San Francisco, 'hackerspace' lançou balão no espaço

SILVIA NOARA PALADINO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SAN FRANCISCO

Histórico e popular, o distrito de Mission, em San Francisco (Estados Unidos), leva a fama de epicentro cultural da cidade. O bairro abriga os mais antigos e decadentes edifícios da região, entre eles o de número 2169, na rua Mission, onde está o "hackerspace" Noisebridge.

No terceiro andar, o galpão tomado por acessórios, máquinas e todo o tipo de coisa tecnológica, além cartazes com dizeres anarquistas, lembra um laboratório de cientistas malucos. Logo na entrada, a mensagem: "Se existe algo que você queira fazer, faça. Mas lembre-se de ser excelente ao outro ao fazê-lo".

A frase resume a mais importante das poucas regras de um dos primeiros "hackerspaces" fundados no território americano, em 2007.

"É possível utilizar recursos que não se tem em casa, como impressora 3D e máquina de corte a laser", conta a inglesa Alexandra Glowaski, 26, que desde criança vive nos EUA e há quatro anos descobriu o movimento hacker.

Segundo Alexandra, mais conhecida por Alex, a comunidade possui um conselho, do qual ela faz parte, para cumprir formalidades do governo americano para organizações sem fins lucrativos. Mas não há hierarquia, e sim consenso --reuniões são realizadas todas as terças-feiras.

A ideia é unir pessoas de qualquer origem, o que ajuda a entender por que alguns dos melhores hackers que frequentam o Noisebridge são moradores de rua.

Foi com tal ideal que Mitch Altman ajudou a fundar o local. O inventor é conhecido pelo TV-B-Gone, um discreto controle remoto universal que liga e desliga televisores em locais públicos, colocando o usuário no comando.

"Podemos fazer muito com muito pouco, e para isso as pessoas não precisam necessariamente de muito dinheiro", diz Altman.

Exemplo disso é o projeto Spacebridge, de 2010, que com apenas US$ 250 e seis semanas, lançou seu primeiro balão metereológico no espaço, para tirar fotos do planeta. Com tudo documentado, outros balões, na sequência, foram lançados por hackerspaces em todo o mundo.

A experiência, então, foi repetida por alunos em feiras de ciências em escolas dos Estados Unidos.


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