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Análise

Competições de games têm até narrador especializado

E-sports fazem surgir também grandes astros, esportistas e comentaristas profissionais como o americano Mike Lamond, espécie de 'galvão bueno'

RONALDO LEMOS COLUNISTA DA FOLHA

Números como os da transmissão ao vivo da final do campeonato de "League of Legends" mostram que os videogames estão se tornando um esporte profissional, com audiência crescente e já maior do que a de muitas categorias esportivas atuais. Com isso atraem também patrocinadores, que incluem anunciantes tradicionais como a Coca-Cola.

O fenômeno dos e-sports já é popular há alguns anos na Ásia. A Coreia do Sul, por exemplo, considera o jogo de estratégia espacial "StarCraft" como esporte nacional. Campeonatos são realizados em lugares como o Estádio Yongsam de e-sports em Seul, inaugurado em 2005, hoje listado nos principais guias turísticos da cidade.

O fenômeno agora cresce também nos EUA e começa e se ampliar em outros países.

O PlayStation 4 vem com uma função de fábrica que permite transmitir as partidas pela internet. O Xbox One, novo console da Microsoft, segue na mesma linha.

Surgem também grandes astros, esportistas e comentaristas. Um "Galvão Bueno" dos e-sports é o norte-americano Mike Lamond, conhecido por Husky. Ele tornou-se um conhecido narrador de partidas de "StarCraft 2". Seu canal no YouTube tem mais de 800 mil assinantes. Husky está por trás também do canal sobre games TGS (The Game Station). Só para ter uma ideia, a TGS-Brasil já conta com mais de 500 mil assinantes.

Além de narradores, há também jogadores-celebridade. A lista é ampla e inclui gente como o norte-americano VoyBoy, frequentador do topo do ranking de "League of Legends". Ou, ainda, o sul-coreano Violet (apelido de Kim Dong Hwan), campeão de "StarCraft 2" e um dos primeiros e-jogadores a entrar nos EUA com o visto P1-A, concedido somente a atletas de renome.

Vai ser curioso acompanhar se os e-sports vão gerar organizações similares (e com os mesmos problemas) às do mundo esportivo tradicional, como uma e-Fifa ou um e-COI. Se isso acontecer, quem sabe o Brasil não se candidata como sede das e-Olimpíadas de 2024.


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