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Haja coração

Formas diferentes de transmissão têm atrasos entre si e fazem torcedores passar por fortes emoções com gritos de gol em momentos diferentes

DE SÃO PAULO

A situação já se tornou comum: enquanto o atacante ainda está armando uma jogada fulminante na sua televisão, o chato do vizinho já está se esgoelando com o gol.

O problema acontece por conta das diferentes formas de transmissão disponíveis nos dias atuais --antigamente todos torciam unidos pelo sinal analógico. O início das transmissões digitais e por streaming na internet tirou a sincronia da gritaria.

O atraso acontece porque o sinal digital passa por um processamento que não acontece com o sinal analógico, o que faz com que ele leve mais tempo para chegar em casa.

No sinal digital, essas informações passam por codificação e compressão. Quanto mais informações, mais lento é o processo --por esse motivo, transmissões em HD são ainda mais demoradas.

Em 2012, um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas para Matemática e Ciências da Computação da Holanda afirmou que pode existir até cinco segundos de atraso entre os diferentes tipos de transmissão. Mas esse número pode variar bastante.

"Não é tão simples fazer uma comparação objetiva, que não seja sujeita a vários aspectos, que vão desde a localização dos transmissores e receptores ao tipo de serviço", explica Mônica de Lacerda Rocha, professora da área de telecomunicações da USP em São Carlos.

Para quem preferir assistir os jogos por transmissão on-line, a espera para gritar gol pode ser ainda maior. Nessa forma de transmissão, acrescente o processo pelo qual o sinal passa para ser carregado no computador, o que depende também da conexão.

Como resolver? De forma geral, quanto mais novos os equipamentos envolvidos no processo da transmissão digital, menor será o atraso. O certo, porém, é que nunca mais torceremos como antes. "Querer que o atraso não aconteça, ou não seja percebido, é utopia", diz Rocha.


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