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Alibaba e os US$ 20 bilhões

Maior loja virtual do mundo, companhia chinesa se expande e pode arrecadar até US$ 20 bilhões em oferta de ações

ALEXANDRE ARAGÃO DE SÃO PAULO

O conto original de "Ali Babá e os Quarenta Ladrões" se passa no Oriente Médio e narra a história de um homem humilde que descobre, por acaso, o ouro escondido por uma horda de 40 bandidos.

A nova versão da história está sendo contada, com alterações. O cenário é a China; o protagonista, um excêntrico empresário nascido na província de Hangzhou. Não há ladrões, mas um tesouro de bilhões. Por fim, Ali Babá escreve-se Alibaba. É a maior loja virtual do mundo.

A companhia acaba de entregar a papelada para um IPO (sigla em inglês para "oferta inicial de ações") na Bolsa de Nova York.

Oficialmente, o Alibaba deseja receber US$ 1 bilhão em investimentos com a venda das ações. No entanto, fontes da empresa ouvidas sob anonimato pelo "Wall Street Journal" dizem que a expectativa é de até US$ 20 bilhões.

Em outras palavras, o Alibaba não é apenas o maior mercado virtual do mundo --incluindo eBay e Amazon--, mas também uma das empresas de tecnologia mais valiosas que jamais existiram.

Relatório feito pela agência Standard & Poor's estima que seu valor de mercado esteja entre US$ 136 bilhões e US$ 250 bilhões, atrás apenas de Apple, Google e Microsoft.

Tecnicamente, o Alibaba não é uma única loja virtual, mas um conjunto delas. A primeira foi a que leva o nome da empresa, lançada em 1999, que vende produtos em grandes quantidades na China. A mais famosa, Taobao, veio quatro anos depois e tem como foco o varejo chinês.

O QUE DÁ PRA COMPRAR?

O catálogo é de aproximadamente 800 milhões de produtos, de acordo com a empresa. Mas tanta variedade traz um problema: há muitas falsificações sendo vendidas. O Alibaba afirma gastar milhões de dólares por ano tentando resolver a questão.

Se agora há abundância, nos anos 1990 era virtualmente impossível comprar produtos chineses pela internet. Foi o que percebeu Ma Yun --hoje conhecido como Jack Ma ou Crazy Jack--, fundador do Alibaba, quando viajou a Seattle (EUA) em 95.

Ex-tradutor, ele viu que era possível ganhar dinheiro vendendo produtos para o resto do mundo (leia na pág. F3).

NO BRASIL

Por aqui, o Alibaba está presente por meio do site AliExpress, queridinho de noivas que querem economizar no vestido, que vende produtos chineses para o resto do mercado mundial.

De acordo com a papelada entregue à SEC, instituição que regulamenta o mercado de capitais nos Estados Unidos, o Brasil foi o terceiro mercado do AliExpress, atrás de Rússia e EUA, no último trimestre do ano passado.

Não há valores separados por países. Procurada pela Folha, a empresa afirma que não pode detalhar números do Brasil devido à legislação americana referente a aberturas de capital no país.

Se a história original de Ali Babá é diferente da nova versão, o final tende a ser igual --o protagonista acaba rico.


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