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Análise

Alibaba foca e-commerce, mas investe até em redes sociais

DO "FINANCIAL TIMES"

No ano passado, Jack Ma, fundador do gigante de comércio eletrônico Alibaba, disse a investidores em Hong Kong que o comércio eletrônico dos Estados Unidos era mera sobremesa --o prato principal seria o da China. Os números de um documento da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) sustentam o que ele disse.

A abertura de capital não mudará pontos de vista há muito defendidos, como o de a China ser uma oportunidade de comércio eletrônico como nenhuma outra. A penetração on-line no país continua relativamente baixa.

Um cenário de varejo fragmentado abre oportunidade para que a atividade on-line ultrapasse a off-line. O crescimento das vendas do Alibaba --que tiveram incremento de dois terços no ano passado, em comparação ao período anterior-- confirmam isso. Vendas por usuário ativo cresceram no mesmo ritmo.

Ao avaliar o patrimônio líquido do Alibaba em US$ 120 bilhões --estimativa conservadora entre as que estão sendo feitas--, cada usuário ativo dos sites chineses da companhia equivale a US$ 520. Essa avaliação é concisa perto dos US$ 100 que cada usuário do Twitter vale. No entanto, diferentemente do microblog, o Alibaba é solidamente lucrativo.

A missão do Alibaba é facilitar os negócios em qualquer lugar --ambição que vai além da possibilidade de consumidores comprarem bolsas, sapatos, carros, móveis, cerejas etc. Investimentos recentes no valor de US$ 6,8 bilhões incluem redes sociais, logística e apps de mapas.

O Alibaba não é a única plataforma de e-commerce que tem como hábito comprar outras empresas (algo, aliás, que a companhia faz com os US$ 2,8 bilhões que tem em caixa), mas seu ecossistema on-line tem um equivalente corporativo no que diz respeito a complexidade.

Um pequeno grupo autoeleito tem o direito de nomear a maioria do conselho de administração. Nem todos os acionistas nesse negócio terão os mesmos direitos

Quem quiser aproveitar o crescimento de consumidores da China deve se preparar para comprar o Alibaba. Mas deverá também pensar com cuidado se deseja ter qualquer decisão no que a empresa compra ou no que ela faz.

No ano passado, o fundador do site disse que coloca clientes em primeiro lugar. Funcionários aparecem em segundo. Já os investidores em terceiro. A empresa que quiser comprar o Alibaba deve ter isso em mente.


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