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Reis do mouse

Jogadores profissionais faturam milhões de dólares com os e-sports, torneios mundiais de games

Riot/Divulgação
Equipe taiwanesa Tai Pei Assassins, campeã do campeonato de "League of Legends" e premiada com US$ 1 milhão
Equipe taiwanesa Tai Pei Assassins, campeã do campeonato de "League of Legends" e premiada com US$ 1 milhão
ALEXANDRE ORRICO ENVIADO ESPECIAL A XANGAI

O sul-coreano Won Lee-sak, 18, esportista profissional, fica nervoso antes de competir. Estala os dedos e o pescoço antes das partidas, para esquecer que, à sua volta, há prêmios em dinheiro, pressão de patrocinadores e milhões de espectadores.

Won treina até dez horas por dia para ser o melhor em sua modalidade: o e-sport, ou esporte eletrônico, como são chamados os torneios profissionais de videogames.

Não é brincadeira de criança: há oito dias, Won embolsou US$ 100 mil (R$ 208 mil) ao vencer na China o mundial do jogo de estratégia "StarCraft 2". Ele tem o jogo como profissão, com salário mensal de US$ 8.000 (R$ 16,7 mil).

Os campeonatos de games são comuns há ao menos uma década na Ásia, em especial na Coreia do Sul, onde há estádios construídos para torneios de e-sports, centenas de jogadores profissionais e narradores especializados.

Mas, nos últimos anos, o interesse de jogadores e público e o alto investimento de empresas do setor têm tornado as competições populares também no Ocidente.

Em outubro, a Riot, companhia que faz o jogo on-line "League of Legends", promoveu uma disputa em Los Angeles, com US$ 5 milhões em prêmios -US$ 1 milhão só para os vencedores, o time taiwanês TaiPei Assassins.

Dez mil pessoas acompanharam o evento in loco; mais 2 milhões viram, simultaneamente, as partidas via web. É uma audiência que supera a de jogos da MLB, liga de beisebol dos EUA.

"Na Coreia, as finais de campeonatos batem pico de 4 milhões de aparelhos ligados na TV a cabo. No Brasil, já tivemos 30 mil pessoas assistindo simultaneamente [pela internet]", diz Bruno Vasone, gerente de comunidades da Riot no Brasil.

Durante a final do mundial de "StarCraft 2", em Xangai, 10 mil visitantes e mais de 12 milhões de espectadores on-line acompanharam a saga do campeão Won, também conhecido como PartinG.

O game é o líder no ranking de premiações dos e-sports. De acordo com o PGT (progamingtours.net), em 2011, foram distribuídos mais de US$ 2,5 milhões em prêmios de torneios profissionais de "StarCraft 2", um crescimento de mais de 200% em relação ao ano anterior.

No ranking geral, que soma as premiações de 2010 até o momento, "SC2" tem US$ 6 milhões em 278 torneios. O segundo colocado é "League of Legends", com US$ 4 milhões e 104 campeonatos.

HAJA CORAÇÃO!

Durante as disputas, que duram cerca de 20 minutos de ação ininterrupta, a frequência cardíaca dos gamers pode chegar a 160 batidas por minuto, o equivalente à de um jogador de basquete em uma partida profissional.

Embora os gamers estejam sempre sentados, o esforço deles, concentrado nas mãos, é quase sobre-humano: são em média 400 ações por minuto, entre cliques de mouse e batucar de teclas.

Dores nas costas e nos pulsos, distensões nos ombros e vista cansada fazem parte da jornada eletrônica.


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