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Teste-Folha

Kobo é boa opção para e-books em português

Para leitores brasileiros, e-reader lançado pela Livraria Cultura é melhor que Kindle, da Amazon

EMERSON KIMURA DE SÃO PAULO

A Livraria Cultura lançou no Brasil o Kobo Touch, e-reader (leitor de livros eletrônicos) com tela sensível ao toque apresentado nos EUA em maio do ano passado.

Leve e compacto, ele tem construção sólida e resistente, com textura agradável. É vendido em quatro cores: preto, prata, lilás e azul.

O aparelho não tem botões físicos para mudar a página -uma pena, pois eles facilitam o uso com apenas uma mão.

A resposta ao toque costuma ser rápida, mas as falhas são frequentes. Felizmente, elas raramente ocorrem durante a leitura de um livro -são mais comuns ao digitar, selecionar palavras ou tocar ícones nos cantos da tela.

A tela usa tecnologia de papel eletrônico E Ink, presente nos principais modelos de e-reader. Ela consome pouca energia, permite a leitura sob a luz solar, oferece bom ângulo de visão e, teoricamente, cansa menos os olhos do que telas de LCD. Por outro lado, tem baixa taxa de atualização, o que deixa animações e transições lentas e travadas.

A resolução é boa, mas inferior à dos e-readers mais modernos, que exibem desenhos e textos mais nítidos.

No geral, a experiência de leitura é agradável. Se julgar necessário, você pode configurar itens como fontes tipográficas, tamanho dos caracteres, espaçamento entre as linhas, tamanho das margens e tipo de justificação. Nisso, o Kobo ganha de lavada do Kindle, que oferece opções bem mais limitadas de ajuste.

Uma das principais atrações do Kobo é o suporte a diversos formatos de arquivo, mas o recurso ainda precisa melhorar bastante. É normal ver travamentos e lentidão com livros em formatos como MOBI, PDF e até TXT. Em testes com numerosos tipos de arquivo, tive que reiniciar o aparelho várias vezes, pois ele parava de funcionar.

O Kobo tem dicionários embutidos e permite que você destaque trechos de livros e acrescente anotações. Esses recursos, porém, só funcionam com arquivos de alguns formatos. Nos meus testes, consegui usá-los apenas com livros em EPUB -o padrão do Kobo. O Kindle não lê arquivos em EPUB, mas oferece um suporte melhor a PDF, com dicionário e anotações.

O Kobo sofre também ao lidar com grandes quantidades de arquivo -sua biblioteca deixa de mostrar alguns itens.

A navegação pela biblioteca e pela loja da Kobo é muito ruim -faltam opções de filtros, e vasculhar dezenas de páginas é cansativo. A solução é usar a busca ou comprar livros sem usar o aparelho.

KOBO OU KINDLE?

Apesar das falhas, o Kobo Touch é um bom e-reader e, no Brasil, não tem concorrentes. Mas você pode importar um Kindle, por exemplo. Qual a melhor opção?

Para ler títulos em português, o Kobo é o mais indicado, pois tem suporte ao formato EPUB -o mais comum nas lojas brasileiras. O Kindle deve ser a escolha de quem prioriza conteúdo em inglês, pois o catálogo da Amazon é superior ao da Kobo nesse idioma e oferece relativamente poucos títulos em português.

Lembre-se de que o Kobo não é compatível com os formatos da Amazon, e o Kindle não lê arquivos em EPUB. Quem tem títulos em todos esses formatos e não quer comprar mais de um e-reader pode lê-los com aplicativos para celular, tablet ou computador, mas sem o conforto da tela de papel eletrônico.


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