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'Games do futuro serão controlados por ondas cerebrais'

Executivo diz que mente será o controle; outras previsões incluem jogos independentes de telas e hologramas

Para fundador da Atari, saúde deve receber games em alguns anos, e óculos serão 'próxima grande onda' do setor

ALEXANDRE ORRICO DE SÃO PAULO

Imaginar o setor de games em 30 anos, de todas as áreas ligadas à tecnologia, talvez seja o exercício mais difícil. O mercado está em um delicado período de transição, em que estão sendo testadas novas formas de jogar e novos modelos de negócio.

Executivos e especialistas da indústria, porém, são unânimes em ao menos um ponto: para imaginar o que os games serão em 30 anos é preciso esquecer tudo -ou quase tudo- sobre o que você sabe sobre eles nos dias atuais.

"São tantas possibilidades que é difícil até de imaginar. Um caminho pode ser o comando de jogos eletrônicos por ondas cerebrais. A mente fará o papel de controle", diz Victor Martins, diretor da Razer (fabricante de acessórios para games) no Brasil e na América Latina.

"Já existem testes sendo feitos. A tendência, a longo prazo, é que não existam mais joysticks", avalia.

ADEUS TV

Além do controle físico, presente desde o lançamento do primeiro console, há mais de 40 anos, outra máxima dos games que deve ter fim é a dependência da tela -sejam TVs, monitores ou telinhas LCD de portáteis.

Microsoft e Sony têm planos para a inclusão de projetores em seus videogames, o que ampliaria a experiência de jogo da TV para toda a parede e, eventualmente, para toda a sala.

"No futuro, em algumas décadas, é muito plausível imaginar que a evolução do IlumiRoom [nome do projeto da Microsoft] dispense o uso da TV. Em vez de imagens, poderão ser projetados hologramas sensíveis à interação", prevê Guilherme Camargo, ex-diretor da divisão de Xbox da Microsoft Brasil e professor da ESPM.

Espen Aarseth, pesquisador nas áreas de games e cibertexto e professor fundador do Departamento de Informática Humanística da Universidade de Bergen (Noruega), diz que os games estão amadurecendo como narrativa e como forma de arte.

"Cada vez mais pessoas passam tempo em experiências lúdicas, exploratórias ou simplesmente sociais. É possível que no futuro eles se tornem tão ou mais importantes que a própria literatura", diz.

GAMES NA SAÚDE?

Nolan Bushnell, 69, fundador da Atari, uma das primeiras empresas do ramo, especula que a saúde, depois da educação, será a próxima área a receber os jogos. "Se aprender é mais fácil com eles, imagina fazer exames em um hospital?", afirma.

O empresário, que esteve no Brasil em janeiro deste ano, também aposta em óculos como a tendência para os videogames. "Será imenso. Se você é desenvolvedor, fique de olho. Será a próxima onda dos jogos."

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