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Câmera fotográfica existirá para entusiastas

Para especialista, telefones celulares não vão substituir aparelhos só para fotografias

YURI GONZAGA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Apesar da rápida evolução dos smartphones em sua capacidade de fotografar, as câmeras nunca deixarão de existir -mesmo que restritas a um mercado de nicho. A opinião é de Richard Butler, jornalista com formação científica e editor do site "Digital Photography Review" (dpre view.com), o mais bem reputado sobre o tema.

"A atividade de fotografar é prazerosa para muita gente. Câmeras fotográficas podem não ser o principal meio que as pessoas usarão para fazer tais registros, mas sempre existirá uma ferramenta dedicada só a isso."

Butler diz não acreditar que a diferença de qualidade entre as fotos feitas por câmeras profissionais e as feitas por smartphones diminua. "Toda a tecnologia que é empregada nos celulares também atualiza as máquinas maiores."

Mesmo assim, vê o celular como um possível carrasco da indústria de câmeras. "As empresas devem convencer o consumidor de que ele precisa de imagens melhores."

A VIDA IMITA O VÍDEO

Thales Trigo, diretor da escola de fotografia Full Frame e antigo coordenador do curso de bacharelado em fotografia do Senac, afirma que instantâneos devem dar mais espaço às filmagens. "O vídeo é agradável e transmite muito da emoção da cena. Além disso, demanda menos de seu autor, esteticamente."

Trigo diz que, em 30 anos, as vidas poderão ser registradas integralmente. "A produção de imagens vai atingir um número absurdo, quase fora de controle. Você vai entrar em um shopping e seu rosto vai ser automaticamente identificado. Haverá uma perda total da privacidade", diz, ressaltando o caráter especulativo da projeção.

Por causa disso, ele vê uma "crise brutal do fotojornalismo" nos próximos anos. "A figura do fotojornalista deve ser substituída pelo público e pelas câmeras de vigilância."

Sobre a criação de imagens 3D, Trigo se mostra cético: "Não é algo para qualquer um. Precisa ser feito por profissionais, bem produzido. Além disso, a tecnologia de reprodução é complicada."

Já para Butler, imagens em 3D podem ter relevância. "É muito difícil fazer uma previsão, mas acho que haverá uma menor separação entre filmes, fotos e 3D. Qualquer coisa que apareça, será algo mais fácil [de fazer]."

Ambos enaltecem a democratização das câmeras. "Aumenta a importância da foto como expressão", diz Butler.


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