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Cidade italiana expõe vida e morte de são Francisco de Assis

O santo está enterrado na basílica local, uma construção do século 13 com afrescos de Giotto

Igreja é a atração principal, mas região tem outros pontos de interesse, que podem ser percorridos a pé

FABIANO MAISONNAVE ENVIADO ESPECIAL A ASSIS (ITÁLIA)

Exatos 831 anos após o nascimento de são Francisco, Assis, na província de Perugia (a cerca de 200 km de Roma), acaba de ganhar outra dádiva, desta vez a homenagem do novo papa ao seu filho mais ilustre.

Mas o provável aumento do turismo na cidade histórica de 20 mil habitantes exigirá muita abstração do turista que procura uma experiência espiritual na companhia de uma turba de visitantes.

Mais do que nunca, o epicentro da visita a Assis é a basílica de são Francisco, um enorme complexo construído entre 1228 e 1253.

A construção, uma das mais belas da Itália, reúne afrescos revolucionários pintados sobre sua bela arquitetura e guarda o túmulo do santo, que escolheu o local da construção, chamado à época de colina do Inferno, para ficar próximo ao local onde pessoas eram executadas publicamente.

Para os interessados em conhecer a trajetória de são Francisco, a recomendação é começar pelos 28 afrescos atribuídos a Giotto (1267-1337) pintados nas paredes da igreja da parte superior, construída em estilo gótico. Na época, era a melhor forma de narrar a vida do santo aos camponeses analfabetos.

Hoje, com a ajuda de um audioguia, fica fácil entender passagens como o sermão aos pássaros ou quando ele se despe para renunciar aos bens materiais.

Mais difícil é apreciar em silêncio devido aos grupos ruidosos de turistas e estudantes, indiferentes aos reiterados pedidos de silêncio feitos pelos monges via alto-falante, incluindo um assertivo "shhhh".

Na igreja da parte inferior, de teto mais baixo, destaque para os impressionantes afrescos do século 13 sobre o altar principal, pintados por Maestro delle Vele, um aluno de Giotto.

Ao lado, vale a pena observar o afresco Nossa Senhora em Majestade, de Cimabue, o único artista que teve contato com sobrinhos de são Francisco, que, por sua vez, conviveram com ele. Por isso, seu retrato é considerado o mais próximo ao rosto original.

Depois de apreciar os altares e as abóbodas ricamente pintados, é possível descer até o sóbrio túmulo de são Francisco, de apelo principalmente espiritual.

Ali, não é difícil encontrar Massimo Copppo, que passa boa parte do dia nas imediações da basílica com vestes franciscanas e os pés descalços vermelhos e feridos pelo frio da região da Umbria. Assim, ele se tornou uma atração momentânea do local.

ALÉM DA BASÍLICA

Embora sem o esplendor da basílica, Assis tem diversas atrações que merecem visita.

No centro, está a fachada impressionante do templo de Minerva, erguido no século 1º. Adiante, a basílica de santa Clara guarda a cruz de são Damião, que teria revelado a são Francisco sua missão de reformar a Igreja Católica.

Todos os pontos de interesse podem ser alcançados a pé pelas ruas estreitas e íngremes da cidade, um lindo passeio e uma oportunidade para comprar suvenires, incluindo imagens recém-impressas do papa Francisco e --por incrível que pareça-- estilingues com o nome da cidade.


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