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História de viagem

Sem entender a russa com dentes de ouro, sorríamos

RODOLFO LUCENA DE SÃO PAULO

O atendimento no hotel em São Petersburgo já foi um choque. Ficaram com os nossos passaportes. Não dava tempo para discutir: eu precisava literalmente correr para pegar minha inscrição da White Nights Marathon antes que o escritório fechasse.

Eram 19h50 quando entrei na Secretaria de Esportes, que fechava às 20h. Não havia mais ninguém. "Ferrou!", pensei, até que vi um cara com uma caixa onde havia uma figura de corredor. "White Nights!", berrei, e ele fez um sinal para segui-lo.

Quando saímos do prédio, minha mulher estava chegando. Disse que iríamos com o cara; ela estranhou, mas entramos numa Kombi, onde estavam o motorista e uma russa.

A mulher tentava ser simpática, falando e mostrando seus dentes de ouro. Nós sorríamos.

A certa altura, o sujeito berrou mais uma ordem para o motorista, que parou. Ele desceu carregando a caixa, gritando para a russona nos ciceronear. Nós seguíamos o circo. Entramos num prédio e, ali sim, mesas improvisadas como guichês. Eram da corrida.

Na hora de ir embora, mandaram a russa nos levar até um ponto em que ficaria mais fácil rumar para o hotel.

Ela desatou a falar em uma língua parecida com francês, nós devolvíamos em inglês ou francês, mas não adiantava. Então, passei a falar em português. No fim, deu tudo certo. E a corrida foi ótima.


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