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Itanhaém aproveita canonização de Anchieta para atrair turistas
DE SÃO PAULODepois de mais de 400 anos do início de seu processo de canonização, o missionário espanhol José de Anchieta (1534-1597) será proclamado santo pelo papa Francisco no início do mês que vem.
Conhecido como fundador da cidade de São Paulo, o "apóstolo do Brasil" passou por diversas cidades brasileiras no século 16, porém, foi em Itanhaém, cidade do litoral paulista a 90 km da capital, que o jesuíta viveu mais da metade de sua vida --32 anos.
E por lá deixou muitas referências, que se tornaram pontos turísticos. E que, agora, com a canonização, serão revitalizados.
O objetivo da prefeitura é receber mais turistas --em 2013, foram 3 milhões. "Além da revitalização, estamos criando eventos em homenagem ao padre", afirma Milton de Campos Júnior, secretário de Turismo da cidade. A programação prevê, por exemplo, a 1ª Caminhada Padre Anchieta, que será em 9 de junho, dia da morte do padre (mais informações estarão disponíveis em maio no site itanhaem.sp.gov.br/turismo).
Entre os principais pontos de visitação ligados a Anchieta, há uma estátua de esculpida em bronze por Luiz Morrone (1906-1998) na praça Narciso de Andrade, no centro.
A alguns passos dali, no Museu Conceição de Itanhaém, está exposta a carta de batismo do padre. Já no encontro das praias da Gruta e do Sonho, está uma formação rochosa conhecida como Cama de Anchieta. Era lá que o missionário costumava ir para refletir. Em 2005, foi construída no local uma passarela de 220 metros de comprimento em parceria com o governo das Ilhas Canárias, onde o religioso nasceu.
Na praia do Cibratel fica o Pocinho de Anchieta, que, segundo a lenda, foi erguido por índios seguindo instruções de Anchieta, com a intenção de capturar peixes no inverno.