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Turismo

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Oba, lá vêm elas

Começou a temporada de observação de baleias jubartes na costa do Nordeste; em Santa Catarina, passeios de barco para ver francas-austrais estão suspensos, mas turistas podem vê-las da areia

GUSTAVO SIMON ENVIADO ESPECIAL A CARAVELAS (BA)

Com câmeras nas mãos e olhar à procura de um ponto escuro no mar, 14 turistas se amontoam na proa do catamarã, ansiosos.

Basta o som semelhante a um suspiro de enfado ser ouvido para o quadro mudar: câmeras disparam, olhos percorrem o horizonte próximo, corpos se agitam, gritos de "Que lindo!" e "Ali, ali!" são ouvidos --também dos guias.

O "suspiro", na verdade, são esguichos de água dados pelas jubartes quando sobem à superfície para respirar.

A reportagem da Folha esteve no litoral sul da Bahia para acompanhar um passeio de observação dessas baleias.

Jubartes frequentam a costa brasileira --baiana, principalmente-- entre julho e novembro para reprodução.

Nesta época, é quase certo que o turista encontrará baleias nesse tipo de passeio.

Programas de conservação e a proibição da caça levaram a um crescimento populacional suficiente para, em maio, a espécie ter deixado a lista de animais ameaçados de extinção no país. O mês de agosto marca o início do pico de avistagens no litoral baiano, que vai até setembro.

SÓ DA AREIA

Outro polo do turismo de observação de baleias no Brasil, Santa Catarina enfrenta um imbróglio que vai comprometer a atividade pela segunda temporada.

No ano passado, em maio, o Ministério Público acatou a ação de uma ONG que resultou na suspensão dos passeios; o ICMBio, responsável pela APA (Área de Proteção Ambiental) da Baleia-Franca, recorreu da decisão, mas não conseguiu revertê-la.

Em maio deste ano, uma audiência de conciliação entre a ONG, o Ministério Público e a direção da APA determinou que essa últi- ma apresente um novo pro-jeto de gestão da área, que avalie o impacto e garanta a segurança da atividade, para animais e turistas.

"O prazo que nos foi dado não se mostrou suficiente, então pedimos mais 60 dias", afirma Luciana Moreira, chefe em exercício da APA.

Com a extensão, o projeto só será analisado a partir de outubro --o que inviabiliza os passeios para esta temporada, que iria até novembro.

"Mas, como a franca tem hábitos costeiros, é possível observar indivíduos da praia ou de costões", explica a bióloga Karina Groch, diretora do Projeto Baleia-Franca.

Ela indica pontos como os cantos das praias de Itapirubá, em Laguna, da Ribanceira, em Imbituba, e Siriú, em Garopaba.


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