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Muito prazer, Belfast

Passeio pela capital da Irlanda do Norte inclui parada em bares, galerias de arte e museu do Titanic

ROBERTO DE OLIVEIRA DO ENVIADO À IRLANDA DO NORTE

Noite de um sábado primaveril em Belfast. A temperatura está na casa dos 10°C. Às 20h, uma paleta de cores explode no céu ainda claro.

Pubs e restaurantes estão lotados. As ruas exibem uma atmosfera de tranquilidade, que lembra a de cidades pequenas. A maior cidade da Irlanda do Norte é assim: uma capital com jeitinho de interior. Ali vivem cerca de 275 mil pessoas.

Não é daquelas concentrações urbanas repletas de prédios altos ou trânsito carregado. Tudo ali convida a um longo passeio a pé. É a melhor forma de perceber cores e cheiros e de se aproximar de sua gente. Inevitável é entrar em um dos inúmeros pubs da sequência de ruelas no centro histórico conhecidas como The Entries (as entradas).

A pedida é a tradicional cerveja Guinness, fabricada na vizinha Irlanda, curtindo uma música ao vivo --prepare-se, em qualquer hora vai rolar um hit de Van Morrison, cantor e compositor expoente da chamada "celtic soul", orgulho e ícone nacional.

Difícil, contudo, será competir com os irlandeses no copo. Bebeu demais? Saia de novo para caminhar e puxar papo com os moradores, que sentem prazer em mostrar Belfast a quem a visita.

Tudo se resolve em poucas quadras nos arredores da Donegall Square, sua principal praça. Dali, é possível explorar as margens do rio Lagan, que corta a capital. Em Belfast, pipocam novidades, principalmente bares, restaurantes (há opções de pratos de peixes e frutos do mar a preços não tão salgados no St. George's Market) e galerias de arte.

A cidade é muito limpa e bem cuidada. Pudera, com uma multa de £ 80 (R$ 297) aplicada às pessoas que jogam lixo na rua, não poderia ser diferente.

TITANIC, O LEGADO

Todos os caminhos em Belfast levam ao Centro Titanic. De longe, a impressionante fachada, com placas de alumínio tridimensionais que nos remetem ao casco da embarcação, aguçam a curiosidade de qualquer visitante.

O museu não poderia estar em outro lugar. Foi de Belfast, a cerca de cem metros do centro, que o histórico navio zarpou em sua trágica viagem inaugural para Nova York, em abril de 1912. Nas docas da capital, o gigante foi erguido.

Dez galerias distribuídas em seis andares recontam, em detalhes, todo o processo de criação, construção e decoração do navio até chegar ao naufrágio. Um simulador conduz o visitante para a construção do Titanic.

Sentado em um carrinho que se move para todos os lados, tanto na horizontal quanto na vertical, o turista passeia pelo estaleiro.

Esse clima de interatividade permite ao público acompanhar, por vídeos em 3D, o momento em que a água começava a subir, invadindo o salão naquele que seria o derradeiro jantar dos viajantes.

A um simples toque de tela, é possível visualizar no fundo do oceano os pertences dos passageiros mortos naquele naufrágio.

Sob um piso de vidro, uma projeção do Titanic no mar, em tamanho natural, impressiona pela dimensão não só do navio, como da tragédia.


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