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Costa amalfitana atrai mais brasileiros

Ravello, cuja história inclui uma lista de nomes ilustres, inaugurou um auditório projetado por Oscar Niemeyer

No último verão, região teve um aumento de 38% no número de turistas do Brasil em relação ao ano de 2011

DA ENVIADA A CAMPANHA

Do outro lado de Salerno fica a costa amalfitana, um trecho de 60 km até Sorrento banhado pelo mar Tirreno em que, não à toa, os imperadores romanos costumavam passar suas férias.

Para chegar até as praias, os imperadores mandaram construir estreitas estradas que são usadas até hoje, a maior parte esculpida em precipícios, o que garante fortes emoções e, às vezes, enjoos.

A região reúne cidades conhecidas como Positano e Ravello, e outras nem tanto, como Amalfi, Maiori e Minori, todas marcadas pela passagem dos gregos na área. Na época, os castelos eram feitos no alto e as cidades ficavam na costa, protegendo os nobres das invasões árabes.

Amalfi, cidade que funciona como uma espécie de "hub" para as outras, e na qual se destaca a igreja de Amalfi, é o acesso para a pequena Ravello, cidade que teria servido de inspiração para algumas obras do compositor Richard Wagner e hoje é palco no verão de um festival internacional de música.

Além do compositor, nomes como Goethe, Boccaccio, Virginia Woolf, Miró, Greta Garbo, Gore Vidal e Truman Capote entre outros fazem parte da história do lugar.

Lá é possível conhecer as "villas" Rufolo e Cimbrone. A primeira foi construída no século 13 e, além da arquitetura e dos jardins, se destaca pela transformação que passa durante os festivais de música, quando um palco avança pelo penhasco dando a impressão de que a orquestra toca suspensa sobre o mar.

Na "villa" Cimbrone, na verdade um hotel com jardins abertos à visitação, as atrações são estátuas, templos, fontes e grutas naturais que culminam em um mirante cuja vista recebeu do escritor Gore Vidal a definição de "a mais bonita do mundo".

Em contraste com as estruturas medievais das "villas", a cidade ganhou em 2010 um auditório construído por Oscar Niemeyer, na forma de um olho, que reflete em seus vidros a costa amalfitana.

O auditório levou dois anos e oito meses para ficar pronto e custou € 16 milhões de euros à cidade. O curioso é que Niemeyer nunca foi a Ravello, mas fez seus arquitetos e engenheiros viajarem várias vezes até a cidade até conseguir a curva perfeita, que simulasse um olho admirando a costa.

Mais à frente de Amalfi está Positano, que disputa com Capri a preferência da região e vem crescendo no gosto dos brasileiros. No último verão, a costa amalfitana recebeu mais 38% de brasileiros do que em 2011, segundo o presidente da associação dos comerciantes de Salerno, Enrico Bottiglieri.

Espremida entre duas montanhas e com uma praia no vale, Positano faz a festa dos turistas com dezenas de lojinhas que misturam a especialidade do lugar, a cerâmica a partir da argila das encostas, com marcas famosas da Itália e as infalíveis lojas de suvenires.


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