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Turismo

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Channel Islands são santuário ecológico de equilíbrio tênue

Distando cerca de 30 km da costa, arquipélago vulcânico californiano foi tombado em 1989

Muita gente enjoa no trajeto de barco entre o píer de Ventura e as ilhas que emolduram o litoral de Santa Barbara

DO ENVIADO À CALIFÓRNIA

Depois de aproveitar a estada em Santa Barbara, uma sugestão para quem quer conhecer a fundo a natureza da região mais ao sul da costa californiana é ir até a vizinha Ventura e, de lá, embarcar num tour até as Channel Islands (www.nps.gov/chis).

Diversas pequenas operadoras locais de turismo de aventura organizam passeios até umas dessas cinco ilhas vulcânicas -Santa Barbara, Anacapa, San Miguel, Santa Cruz e Santa Rosa- que, protegidas por um tombamento federal, agora constituem um parque nacional.

Nelas, biólogos reintroduzem uma variedade de animais e plantas que constituíram, no passado, a fauna e a flora originais desse arquipélago que, visível da costa, é isolado pelo clima adverso.

Usadas para criar gado nos anos 1800, as ilhas entraram num desequilíbrio biológico que, desde o tombamento, realizado em 1989 pelo então presidente Jimmy Carter, vem sendo minorado.

No passeio de barco de pelo menos uma hora que vence os cerca de 30 km entre a cidade balneária de Ventura, ao lado de Santa Barbara, e o arquipélago, dependendo da época, as embarcações cruzam mamíferos marinhos como golfinhos. Para ver jubartes, baleias-azuis e orcas, é preciso fazer a excursão entre junho e setembro. Já as baleias-cinzentas ocorrem na área entre dezembro e março, quando migram com suas crias entre o mar de Bering e o litoral do México voltado para o oceano Pacífico.

A travessia da costa da Califórnia até as Channel Islands, no entanto, não é para estômagos sensíveis -convém não comer muito antes dela e, também, manter a visão em ilhas e costas, evitando perder a noção de onde fica a terra firme para não enjoar. Muita gente passa mal.

Antes de embarcar, escolha o tipo de passeio adequado para você. A operadora Island Packers (www.islandpackers.com) opera tours para todas as ilhas e, dependendo da época do ano, providencia a estada no camping local, que é rústico -o pernoite pressupõe levar toda a comida, pois nas ilhas não são vendidos alimentos.

Os mais intrépidos fazem passeios de caiaque com a Santa Barbara Adventure Co. (www.SBAdventureCo.com), andam de bike nas ilhas e até escalam suas encostas. Para quem não tem grandes pretensões atléticas e ecológicas, a visita de um dia é mais do que suficiente para desbravar o arquipélago apenas pelas bordas.

EXPLORANDO AS ILHAS

Quem escolhe visitar a ilha de Santa Cruz chega de barco ao Scorpion Point, onde no passado funcionou um rancho com o mesmo nome. Ali, um diminuto píer e um centro de visitantes instalado na antiga sede da fazenda são tudo o que a ilha oferece de infraestrutura turística.

Muita gente leva barraca para dormir e um caiaque para remar ao redor da ilha e, eventualmente, aportar sob alguma encosta escarpada ou numa das diminuta prainhas de pedra. A ilha também esconde grutas e, para explorá-las, é fundamental ter ajuda de um guia especializado.

Dependendo da época do ano, é possível observar 35 espécies de mamíferos marinhos, como focas e leões-marinhos, águias-calvas (as "bald eagles") e, com muita sorte, avistar pequenas raposas nativas (ou "island foxes") que estão sendo reintroduzidas por biólogos.

O parque nacional se estende por 10,8 km (6 milhas náuticas) ao redor de cada uma dessas ilhas.

Apesar dos nomes alusivos a santos, o arquipélago como um todo foi chamado de Channel Islands pelo capitão inglês George Vancouver, que esteve nas ilhas e singrou o canal formado entre elas e o continente em 1793. E foi depois dele que, impiedosamente visitado por caçadores de peles, focas, lontras e leões-marinhos do arquipélago foram mortos até quase a extinção.

Em 1822, os chumash que ainda viviam ali foram levados às missões católicas do continente. As ilhas foram ainda sede de fortificações militares. Ao lado do trabalho pastoril, essa atividade também contribuiu para que o equilíbrio ecológico tivesse que ser repensado no século 20.


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