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A despeito de intempéries, NY já vive o clima de festa

Tempestade é passado numa Manhattan que já está pronta para festejar

Castigada pelo furacão Sandy, metrópole se reergue; estátua da Liberdade só abrirá no início do ano que vem

PEDRO CARRILHO ENVIADO ESPECIAL A NOVA YORK

Fim de novembro e, em meio ao formigueiro humano da Times Square, já não restam dúvidas de que pelo menos aqui, no coração de Manhattan, a vida já voltou ao normal e a devastação imposta pela tempestade Sandy ficou para trás.

E foi substituída pelo tradicional clima de Natal, que tinge a cidade de branco e transforma suas vitrines em mostruário do que há de mais cobiçável e contemporâneo em termos de consumo.

É verdade que, no fim de novembro, algumas estações do metrô ainda permaneciam fechadas na parte baixa da ilha de Manhattan.

Mas, mesmo então, não deixava de impressionar a capacidade que Nova York tem de ressurgir mais forte a despeito das adversidades.

Dentre os locais danificados, a estátua da Liberdade e Ellis Island só devem reabrir no início do ano que vem.

Ironicamente, Sandy atingiu a estátua em cheio um dia após sua grande reabertura.

Com a estátua fora de alcance, a barca para Staten Island tornou-se uma alternativa gratuita aos cruzeiros turísticos oferecidos aos que desejam chegar mais próximos a ela. Além da vista da estátua, o destaque durante os gelados 25 minutos de travessia é a aproximação de volta a Manhattan, com o panorama do novo "skyline" que começa a se desenhar no sul da ilha com a construção do One World Trade Center.

A maioria dos turistas desembarca no terminal em Staten Island e já segue direto para área de embarque para aguardar a próxima barca de volta à Manhattan.

Para quem dispõe de tempo e tem ganas de enfrentar o frio, é possível aproveitar para conhecer um pouco do mais tranquilo e desconhecido dos cinco grandes bairros nova-iorquinos.

FLASH BACK TRÁGICO

Mas quem presenciou a passagem de Sandy a uma semana das eleições presidenciais disputadas entre Obama e Romney ouviu e viu notícias como "Prepare-se para o pior", como estampou em letras garrafais a página do Weather Channel.

E as informações chegavam on-line e em tempo real, por meio de webcams pela cidade. Numa dessas, por volta das 15 horas, via-se a inimaginável cena da sempre agitada Times Square praticamente deserta e já escura, numa estranha sensação de calma antes da tormenta.

Em total contraste, o microfone da câmera instalada na coroa da estátua da Liberdade, a quilômetros dali e muito mais exposta aos elementos, captava um estrondo parecido com o que deve ser o som do fim do mundo, um pouco menos de dois meses antes do previsto.

O barulho do vento, o mar mexido e o céu plúmbeo lembravam o cenário de um filme-catástrofe, daqueles que só poderiam acontecer mesmo em Nova York. Mas agora, em meados de dezembro, o burburinho da Times Square voltou ao agito habitual. E não resta dúvida: no coração de Manhattan, onde curtir o clima natalino é um ponto alto, a vida já voltou ao normal.


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