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Sossego rege a península de Galinhos
Região, que compreende praia de mesmo nome, além de Galos e Capim, está fora do mapa das áreas famosas
Viagem de quase duas horas em estrada de terra é recompensada pelas piscinas naturais, águas calmas e dunas
NO RIO GRANDE DO NORTE
As praias do Capim, de Galos e de Galinhos, no município de Galinhos, península no litoral norte, têm barcos carregados de peixes e, em menor proporção, de turistas.
Ainda estão fora do mapa das áreas mais famosas.
O conjunto de praias que compõe a cidade mistura águas calmas e ondas com piscinas naturais e dunas. A subida, a pé, cansa, mas o visual, do alto, recompensa.
O sossego é outro prêmio em uma área que tem como transporte oficial barcos e pequenas charretes puxadas por jegues ou cavalos.
Para chegar, é preciso viajar quase duas horas por terra. O trabalho ao volante só chega ao fim na praia, onde um estacionamento gratuito mantido pela prefeitura recebe os carros.
O local funciona 24 horas e é ponto de partida dos 20 barcos que fazem a travessia do rio Aratuá -tem águas salgadas, mas é chamado de rio por ser calmo.
Os barcos também fazem passeios de cerca de cinco horas com direito à parada nas imediações de uma salina e na praia do Capim, onde está a paisagem mais bonita.
OSTRAS
Ao chegar, o viajante se depara com os buggies e com as dunas. E com Raimundo Carleano da Cruz, que trabalha como vigia à noite e, durante o dia, pesca ostras e atravessa o rio de canoa para vender as iguarias.
As ostras, aliás, são o carro-chefe dos cardápios dos estabelecimentos dessa área. Elas são conservadas em cestos de plástico, dentro do mar, e só saem de lá na hora do consumo.
Já em Galos, a pedida é a tainha. Aos 68 anos, dona Irene toca com as filhas e os netos um dos dois únicos restaurantes locais.
Há, porém, poucas opções de hospedagem na região. Em Galos, por exemplo, existe somente uma pousada.