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Brasileiro compra o que estiver pronto só para levar no ato

Milionários europeus preferem personalizar o carro de luxo; processo de fabricação e entrega leva até um ano

Compradores locais também não costumam personalizar demais o carro por acreditarem que prejudica a revenda

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O consumidor brasileiro de carros de alto luxo é diferente do europeu e do norte-americano, afirmam montadoras que atuam no segmento ouvidas pela Folha.

"O comprador local gosta de ver e de tocar o carro na loja, preferindo levar um modelo já pronto a ter de configurá-lo e esperar meses pela entrega", afirma Eduardo Alves, gerente comercial da Ferrari -o superesportivo mais barato da marca italiana custa cerca de R$ 1,5 milhão. "Tenho mais chance de vender se o carro estiver na loja", diz o gerente.

Por esse motivo, a concessionária da Rolls-Royce no Brasil tenta ter sempre alguma limusine na pronta-entrega, equipada com o pacote completo de acessórios.

O brasileiro também não costuma personalizar muito o automóvel, principalmente porque acredita que isso pode dificultar a revenda do bem no futuro.

Mesmo assim, há pessoas que fazem questão de ter um carro exclusivo. Em janeiro deste ano, a Lamborghini entregou um Aventador Coupé (700 cv) preto fosco com interior amarelo a uma compradora do Sul do país.

"A cliente tinha andado no carro em Paris e queria um exatamente igual. Teve de esperar quatro meses pelo superesportivo. Hoje, ela o usa como se fosse uma joia", conta Ricardo Briz, diretor-comercial da importadora.

De acordo com Mariana Vieira, diretora de marketing da Bentley, é muito comum consumidores só procurarem uma concessionária de carro de luxo no Brasil após terem tido algum contato com um automóvel da categoria no exterior. "Muitas vezes mandamos o carro para a casa do cliente, para que ele possa conhecer o produto com privacidade."

Essas empresas também possuem uma estrutura própria para realizar as revisões dos carros na própria garagem do dono, mesmo que ele more em outro Estado.

LOCAÇÃO

Não é apenas milionário que pode passear de superesportivo. Há empresas que alugam veículos de luxo, mesmo que por alguns minutos.

A V8 & Clássicos (v8eclassicos.com.br) cobra R$ 4.000 do interessado em passear por quatro horas em uma Ferrari (o valor pode ser parcelado em dez vezes no cartão de crédito). Já uma voltinha de 16 km num Camaro sai por R$ 389 na T2A Clube (www.t2aclube.com.br), que também realiza o sonho de noivas. Chegar à igreja em um Bentley com motorista custa quase R$ 6 mil.

A CARA DO DONO

Na Bentley, o consumidor pode personalizar praticamente o carro todo. Só para o interior, são milhares de combinações, como o tom da madeira que revestirá o painel, o tipo da costura dos bancos e a textura do carpete. Depois de configurar, o comprador pode visualizar o resultado em um telão na própria concessionária, que atende clientes também com hora marcada.

ISSO QUE É BRINDE

Enquanto o comprador de carro popular recebe, no máximo, um jogo de tapetes de borracha, o recém-proprietário de uma Ferrari pode ganhar, por exemplo, um conjunto de malas feitas sob medida para o porta-malas do superesportivo. Uma valise da marca italiana chega a custar 2.100 mil euros (R$ 5.500). Viagens para o exterior e cursos de pilotagem também fazem parte da lista agrados.


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