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Dirigimos o CLA, o futuro sedã 'popular' da Mercedes
Modelo de luxo, que chega às concessionárias europeias em abril, desembarcará no Brasil em 2014 para brigar com Civic e Corolla
Com a Europa em crise, as marcas premium não tiveram outra escolha a não ser apostar em modelos menores e mais acessíveis, especialmente para mercados emergentes.
O sedã médio CLA, da Mercedes, é um dos percursores desse fenômeno. Menos sofisticado mecanicamente que o 'irmão' Classe C, mas com desenho jovial, o novato é uma espécie de porta de entrada para o segmento de luxo.
Na Europa e nos EUA, onde o carro faz sua estreia nas próximas semanas, a grande isca será o preço: cerca de 20% acima do que a Honda e a Toyota pedem pelas versões topo de linha do Civic e do Corolla.
No Brasil, o CLA desembarcará só em 2014 -e com chances de nacionalização. Deverá custar cerca de R$ 100 mil, estima a Mercedes, que lança em abril no país o hatch Classe A -ambos os modelos compartilham plataforma e motorização, como o 1.6 de 156 cv e o 2.0 de 211 cv, turbinados.
A Folha dirigiu na França a configuração elitizada do CLA. Batizada de 250 4MATIC, essa versão troca inclusive a tração dianteira pela integral, para otimizar a aderência, principalmente em curvas.
CUPÊ DE 4 PORTAS
Mas o sedã "popular" da Mercedes chama a atenção mesmo é pelo desenho, marcado pelo teto de queda acentuada. Azar só dos caronas traseiros com mais de 1,75 m, que vão raspar a cabeça no forro panorâmico (opcional).
Outro elemento estético incomum são as portas sem a moldura de aço na parte superior, como nas do VW CC, outro "cupê de quatro portas".
Na cabine do CLA, não falta sofisticação. Couro, cromos e bom gosto imperam; a posição de guiar lembra a de carros esportivos, com o assento baixo, que deixa as pernas e os braços do motorista pouco flexionados.
Já a alavanca do câmbio na coluna de direção é uma herança das limusines da marca e, de certa forma, destoa do conjunto arrojado. Assim, sobrou espaço no console para a instalação de um "mouse" que comanda o multimídia.
O jornalista viajou a convite da Mercedes, que cedeu o carro para avaliação