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Pela estrada afora

Com rendimento menor, etanol entregou custo por quilômetro semelhante ao da gasolina, que custa mais

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A tensão começou quando a luz da reserva de combustível acendeu no painel da Honda, que tem tanque pequeno: 13,4 litros de capacidade. Após passar por dois postos abandonados na rodovia Castello Branco, reduzi a velocidade para poupar etanol.

Com 191 km rodados, a XRE começou a "pipocar" e parou em uma subida nas proximidades de Pardinho (a 234 km de São Paulo). O jeito foi empurrar a moto pelo acostamento por cerca de 2 km, até o próximo posto.

Lição aprendida. Antes de pegar a estrada, verifique as distâncias entre os postos de combustível e se eles estão funcionando. Hoje, com recursos como GPS e internet, essa tarefa é simples.

As motos foram reabastecidas e voltamos para a estrada. Depois do final da Castello Branco, já na ligação com a rodovia Raposo Tavares, os pedágios apareceram. Foram 11 até Foz do Iguaçu.

Chegamos a Londrina (PR) pouco antes das 22h. Cansados e com frio, qualquer hotel com um banho quente pareceria um cinco estrelas.

Voltamos à rodovia Raposo Tavares na manhã de segunda-feira (22 de abril). Com o corpo mais acostumado à estrada, não sentíamos o cansaço dos 550 km do dia anterior. A autonomia com álcool mostrava-se apenas razoável, com médias próximas de 16 km/l. Com muitos postos pelo caminho, parávamos depois de rodar cerca de 120 km.

Trocamos de motos para perceber as diferenças entre os dois estilos. Passei a pilotar a Fazer 250, que, mesmo com o motor menor, tem comportamento mais esportivo. A XRE 300 se sai melhor em lombadas e buracos, mas sofre com ventos laterais.

DESTINO

Após passar por paisagens interessantes, como os milharais de Campo Mourão (PR), chegamos a Cascavel, última grande cidade paranaense antes de Foz do Iguaçu. Foram mais três horas de estrada até o destino.

Em Foz, ficamos em um hostel. Existem vários na cidade, com bons preços e atmosfera familiar. O ideal é ficar pelo menos dois dias, para visitar as Cataratas do Iguaçu, fazer compras no Paraguai e comer ótimas empanadas e carnes na Argentina.

Para entrar nesses países vizinhos, é preciso ter o veículo em seu nome e um seguro especial, chamado Carta Verde. As normas falam também em dois triângulos (sem especificar se são necessários também para motos) e um kit de primeiros socorros.

Se o veículo não está no nome do condutor, é preciso portar uma carta assinada pelo proprietário e reconhecida pelo Ministério das Relações Exteriores. Todo o procedimento leva cerca de 20 dias.

Sem a documentação em nossos nomes --as motos foram cedidas pelos fabricantes-- fomos de ônibus até Ciudad del Este (Paraguai) por R$ 4. No encontro dos rios Paraná e Iguaçu, há o monumento da tríplice fronteira Brasil, Paraguai e Argentina.

RETORNO

Pegamos o caminho de volta na tarde do dia 24, quarta-feira. Com gasolina no tanque, a autonomia das motos melhorou bastante: era possível rodar mais de 250 km sem precisar reabastecer.

Dormimos novamente em Londrina e, na manhã seguinte (25/4), decidimos por um caminho mais rápido. Trocamos a rota via Assis (a 434 km de São Paulo) da ida pela tradicional BR-369, Raposo Tavares e Castello.

Com gasolina, cada tanque rendeu cerca de 30% a mais em comparação ao etanol.

Considerando o preço médio dos combustíveis na estrada, houve empate no custo: R$ 0,11 por km rodado.

A ergonomia bem acertada e os freios com ABS (opcionais) foram os destaques da Honda XRE 300, que custa a partir de R$ 13.290.

A Yamaha Fazer 250 BlueFlex (R$ 11.690) agradou pelos melhores comandos no guidão, o motor de prontas respostas e a ótima autonomia. As duas merecem elogios: foram ótimas companheiras de viagem. (GS)


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