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Retrovisor

DENIS CISMA - denis@cisma.com.br

Futuros clássicos

Tem gente pagando até R$ 45 mil em um Gol GTi 1994; se o carro for preto, o preço é ainda mais alto

RETROVISOR DENIS CISMA DENIS@CISMA.COM.BR

A melhor hora para comprar um carro antigo é quando ele está a ponto de virar colecionável. Um patinho feio para o qual ninguém liga hoje pode ser um potencial cisne no lago de Lindóia de 2043.

Saber qual modelo será um clássico no futuro é uma arte.

Reginaldo Gonçalves, mais conhecido como Reginaldo de Campinas, é famoso por garimpar futuros clássicos.

Segundo ele, o carro deve ser exclusivo e original. Os modelos mais cobiçados são os topo de linha de sua época.

Esportivos nacionais da década de 1980, como o Gol GT de José Bruno (foto), o Oggi CSS, o Escort XR3 conversível, o Monza S/R, o Uno 1.5R e o Gol GTi não podem ficar fora da lista.

Já nos anos 1990, não é preciso ser uma mãe Dinah para prever que o Kadett GSI conversível, o Uno Turbo e o Gurgel MotoMachine (simplesmente por ser muito esquisito) serão fortes candidatos a clássicos.

Aí o leitor começa a chiar, pois a grande maioria desses carros já passou a curva do preço baixo e anda valorizada. Alguns deles tornaram-se clássicos por antecipação.

Tem gente pagando até R$ 45 mil em um Gol GTi 1994. Se ele for preto, o preço é ainda mais alto: foram fabricadas apenas 112 unidades nessa cor.

Há também as apostas mais arriscadas --e baratas. Alguns exemplos: Citroën XM V6, um dos sucessores do mítico DS; Alfa Romeo 164 desenhado pelo estúdio Pininfarina com motorização 3.0 V6; Omega CD 3.0 com painel digital.

Outro que pode entrar na lista é o Mitsubishi Eclipse, carro preferido dos jogadores de futebol nos anos 1990. Não vale mentir: na época, você queria ter um também.

Existe um porém: os anos 1980 e 1990 marcaram o início dos plásticos e da eletrônica nos carros. Apostar que esses veículos durem o mesmo tempo que carros da década de 1950 é ilusão. Os novos clássicos vão precisar de muito mais cuidado e dedicação que os robustos antigos de um passado mais distante.


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