Folha de S.Paulo

Vogue a diesel tem consumo de carro 1.0

DE SÃO PAULO

Apesar das 2,3 t de peso, do motor V8 (339 cv) e do preço elevado (R$ 635,9 mil), o novo Range Rover Vogue Autobiography bem que poderia estar na lista dos veículos mais econômicos do ranking Folha-Mauá 2013, brigando com os carros populares.

O custo por quilômetro rodado do jipão inglês a diesel é o mesmo do sedã compacto Chevrolet Prisma 1.0 com gasolina: R$ 0,16 em perímetro rodoviário.

Uma dieta a base de muito alumínio na carroceria garantiu uma redução de peso de 420 kg à nova geração do modelo mais luxuoso da Land Rover. Segundo cálculos do fabricante, a cada 100 kg a menos, o consumo diminui cerca de 2%. Lógico que o câmbio automático de oito marchas também ajudou.

Já a capacidade "off-road" do modelo foi experimentada nos arredores da cidade litorânea de Essaouira, no Marrocos.

TUDO AUTOMÁTICO

Basta tocar em um botão no painel para que a suspensão seja elevada. O sistema de tração Terrain Response entra no modo automático para cruzar o deserto ou trechos com pedras e lama.

Na cordilheira do Atlas, há cerca de 3.000 metros de altitude, a eletrônica só não segura o frio na barriga. Câmeras que mostram as rodas e o ângulo de ataque maior ajudam a sair dos buracos.

Mas é preciso uma boa dose de desprendimento financeiro para enfiar um carro desses em terrenos acidentados. Reza a lenda que a primeira geração do modelo nasceu nos idos dos anos 1970 para satisfazer caprichos da família real inglesa, que queria um carro de luxo com capacidade fora de estrada.

Na cabine, silêncio. O revestimento é eficiente e os vidros são duplos.

O acabamento é de alto nível, mas a fartura de equipamentos polui o console central. Nas versões com entretenimento individual nos assentos traseiros, há controles elétricos e massageadores nos bancos. Porém, perde-se o lugar do quinto passageiro.