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Ressuscitada, NX 400 ainda deve ABS

Robustez é ponto alto da Honda, mas sistema de freios simples e visual desatualizado denunciam idade do projeto

Lançada no fim de 1999, moto passou por poucas alterações, mantendo o motor de um cilindro e 28,7 cv

GUILHERME SILVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A Honda NX 400, mais conhecida como Falcon, saiu de linha em 2008. O motivo não foram baixas vendas, mas o motor carburado, que não atendia aos níveis de emissões exigidos pelo Ministério do Meio Ambiente.

Na época, a Honda esperava que a XRE 300 ocupasse o lugar da Falcon. A moto cumpriu o papel de trail com média cilindrada, mas nunca conseguiu substituir a veterana, que continuou a ser produzida para o Mercosul, em escala reduzida.

Em 2012, a moto foi relançada por R$ 19 mil, com mudanças visuais sutis e injeção eletrônica. Seu retorno rendeu alguns meses de boas vendas, mas os emplacamentos caíram --assim como o preço, que foi para R$ 17 mil.

Se a ideia for comprar uma moto com pegada trail e conforto acima da média, a nova Falcon merece atenção. O banco é o destaque, com boa largura, espaço para duas pessoas e densidade de espuma semelhante à de motos superiores. Graças ao guidão alto, a posição de guiar deixa a coluna do motorista ereta; os comandos são de fácil acesso, enquanto o painel digital traz o essencial. As manoplas, contudo, poderiam ser melhores, pois marcam as mãos e incomodam o piloto, mesmo se ele estiver de luvas. Indisponível, lampejador de farol seria um equipamento bem-vindo.

Dinamicamente, maciez nos engates das marchas e precisão do câmbio são qualidades que compensam, em parte, a suspensão que endurece ao encarar trechos de terra. Em buracos maiores, a dianteira pode bater no fim do curso. Na cidade, a Falcon passa bem pelos corredores. O freio dianteiro é eficiente e bem modulado, ao contrário do traseiro.

Vindo da XR 400R, o bloco monocilíndrico de 397 cm³ é esperto em rotações altas, mas reclama em regimes baixos.

MAIS ECONÔMICA

Com o catalisador e a injeção inibindo as emissões, a potência caiu 2 cv (agora são 28,7 cv a 6.500 rpm). Ainda assim, foi mantida a boa pegada acima das 4.000 rpm, com ganho em economia: se antes tinha problemas para passar de 20 km/l, o ajuste atual pode superar médias de 23 km/l sem dificuldades.

O motor também não sofre ao encarar a tarefa de levar, além do condutor, um garupa. Destaque para o entrosamento com o câmbio de relação mais longa, o que é bom para o uso rodoviário. Por fim, o design retocado com vincos na máscara e aletas frontais tenta dar jovialidade a um desenho já datado.

Os admiradores da antiga Falcon devem aprovar a versão renovada, apesar do preço alto e da ausência de freios antitravamento. E quem não era fã, terá razões para se surpreender com a maturidade do projeto.


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