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Bola pra frente

Derrota em 1950 não travou crescimento do setor automotivo; mas o que haverá agora, com vendas em queda?

(EDUARDO SODRÉ) EDITOR-ADJUNTO DE "VEÍCULOS"

"Nem a Volks faz quatro gols em seis minutos", diz a piada repetida à exaustão após a vitória de 7x1 da Alemanha sobre o Brasil. A verdade é mais impressionante: a empresa produz, em média, oito carros nesse tempo, dois a cada 60s. A indústria evoluiu muito entre o Maracanazo e a derrota no Mineirão.

Na virada das décadas de 1940 e 1950, o setor automotivo engatinhava. As ruas de um país essencialmente rural misturavam modelos Ford e Chevrolet produzidos nos EUA e pequenos veículos europeus, como Morris Oxford, Austin A40 e Renault 4cv.

Esses carrinhos chegaram aqui devido a acordos comerciais com nações como Inglaterra e França, que precisavam exportar. Eram tempos de reconstrução pós-guerra.

A Copa do Mundo de 1950 faz parte desse cenário. O Brasil vivia um período de crescimento. Contudo, a derrota para o Uruguai mexeu com a autoestima, e tudo parecia ir mal. Apesar disso, a indústria seguiu seu ritmo, como deverá ocorrer agora.

"A Copa tem um reflexo pontual nas vendas e um impacto político que influencia na economia, mas nossos problemas são outros, não a derrota no campo. Temos juros altos e carga tributária também elevada, bem maior que a que incidia sobre os carros importados Em 1950", afirma Ivan Fonseca e Silva, presidente da Geely Motors do Brasil.

Para o executivo, a recuperação do mercado após o Mundial será tímida, mas isso não terá relação com o resultado ruim da seleção: "As pessoas não estão pensando em comprar carro."


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