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Chegou a hora?

Mercado estagnado permite planejar melhor a compra do carro novo, sem cair em discursos como "é a sua última chance!"

DE SÃO PAULO

Algumas marcas têm percebido que o consumidor está mais exigente e indiferente até mesmo à redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), prorrogada pelo governo até o fim deste ano. Descontos e promoções não bastam.

"Talvez a gente espere até as concessionárias oferecerem ofertas mais convincentes, como IPVA grátis ou acessórios que não sejam equipamentos de série. Precisamos de algo que realmente nos empolgue", diz a gerente de marketing Camila Borges.

Ao detectar esse novo comportamento dos clientes, as fabricantes apostam em campanhas mais agressivas. Um exemplo é a Ford, que apesar de ter reajustado alguns preços, anunciou nesta semana novos planos "taxa zero".

Lançado há duas semanas, o novo Renault Sandero não só ganhou equipamentos de série, como teve seus preços de tabela reduzidos, com o claro objetivo de escalar posições no ranking de vendas.

Porém, mesmo com cenário a seu favor, o consumidor deve conter a empolgação. "Ele precisa refletir se está comprando realmente o carro que precisa. É comum, na hora da euforia, adquirir um modelo que não seja o ideal", afirma Igor Kalassa, presidente da empresa 4life Sistemas e Soluções.

Camila sabe bem como é ser levada só pela emoção. "Comprei um Citroën Aircross totalmente por impulso. No final das contas, não era o aventureiro que eu buscava, mas apenas um carro para cidade".

Mesmo que seja um bom momento para comprar, o valor de venda dos carros zero-quilômetro não deve ser o único fator considerado. Naturalmente, a queda do preço do novo leva modelos usados a uma depreciação.

Neste cenário, investir em um seminovo pode ser uma opção interessante.

Essa é a alternativa encontrada por Paulo Kaneto, 31. O analista de sistemas é dono de um Citroën C3 2011, e cogita trocá-lo por uma versão atual do modelo.

"Praticamente desisti de um zero e devo ficar com um seminovo. O valor que oferecem pelo meu carro é quase R$ 15 mil abaixo do que eu paguei", lamenta.

Camila deve seguir pelo mesmo caminho. "Quase comprei um Honda CR-V novo, mas aí decidi considerar também os usados menos rodados, que hoje me parecem bem mais atrativos."

USADO NA TROCA

Na pesquisa de preços feita pela Folha, a compra do carro zero-quilômetro seria feita na base da troca por um Hyundai HB20 1.6 Comfort Plus 2013.

De acordo com a tabela Fipe, seu valor médio é de R$ 38.088. A melhor oferta obtida foi feita por uma concessionária Nissan, que ofereceu R$ 36,5 mil.

No mercado atual, foi uma ótima proposta. Durante a pesquisa, um vendedor da rede Ford disse que é praxe pagar 25% a menos do que a tabela. Ruim para quem vende, bom para quem compra.


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