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Teste Folha-Mauá
Adeus, Polo?
Volkswagen eleva sofisticação do Fox e o aproxima do Golf, num indício de fim da produção do compacto intermediário
Embora os R$ 35,9 mil iniciais (versão Trendline 1.0) sejam compatíveis com os valores cobrados pelos concorrentes, o novo Fox pode chegar a exorbitantes R$ 63.540. O preço é resultado de um dos seus diferenciais -mas também da maior polêmica que envolve o lançamento.
Sua lista de equipamentos é a mais ampla e diversificada do segmento. O novo Ford Ka, atual referência em equipamentos da categoria, traz controle de estabilidade e tração, mas deve ajuste de profundidade do volante e piloto automático, por exemplo.
No novo Fox, é possível encontrar comodidades inéditas entre os rivais, como sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. Há também luxos mais comuns aos médios, como teto solar.
O problema é que quase tudo é cobrado à parte. Pelo GPS integrado, pagam-se R$ 3.050. O teto solar sai por R$ 2.470.
Retrovisor interno antiofuscante? Tem, mas apenas num pacote de R$ 1.910 que inclui piloto automático, faróis de neblina e sensores de chuva e crepuscular.
A polêmica termina no controle de tração, de série, mas desmembrado do controle de estabilidade, que sai por R$ 1.140.
Há um motivo por trás da sofisticação do Fox: cedo ou tarde (mais cedo do que tarde), o Polo sairá de linha -a Volks não confirma. A atual geração vendida na Europa, uma à frente da nossa, não será comercializada por aqui, ao menos por ora.
O compacto vende menos a cada ano. De janeiro a julho, foram emplacadas 2.054 unidades do hatch, ante 3.345 do mesmo período de 2013.
Ainda que pesem a chegada de novos modelos e o mercado retraído, o fato de a mudança significativa mais recente no Polo já ter três anos é outra evidência de que seus dias estão contados.
Portanto, caberá ao Fox não só o seu habitual papel de carro "popular"como o de hatch compacto premium, "esticando-se" até quase os domínios do Golf, que começa em R$ 67.790.