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Topa-tudo

Espécie de mistura entre quadriciclo e jipe, o UTV (Utility Terrain Vehicle) é fácil de dirigir e encara atoleiros e barrancos com facilidade; hobby, no entanto, custa a partir de salgados R$ 50 mil

JOSIAS SILVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Sempre surge uma nova sigla para algo diferente sobre rodas. Depois do SUV, chegou a vez do UTV (Utility Terrain Vehicle, algo como Veículo Utilitário para todo Terreno). Um topa-tudo 4 x 4.

Trata-se de um jipinho para esporte ou passeios na terra, um crossover entre um quadriciclo e um jipe, um tratorzinho curto e leve (2,64 m de comprimento e 467 kg).

Enquanto um quadriciclo se dirige como uma moto, com guidão e o garupa atrás, o UTV tem volante e o acompanhante vai ao ao lado.

Para vivenciar o que faz um UTV, a Folha participou da Polaris Experience, em Campos de Jordão (SP), enfrentando mais de 50 quilômetros de trilhas e estradinhas de terra pelas montanhas da região.

A reportagem usou um Razor 800 EPS LE -motor bicilíndrico, refrigeração liquida, 760 cc e 54 cv, para dois ocupantes- em uma caravana com mais de 40 UTVs e quadriciclos, a maioria com acompanhante. Os maiores levam até quatro pessoas.

Dirigir um UTV é fácil, comprar, nem tanto. O preço do Razor 800, importado dos Estados Unidos, começa em R$ 50 mil (os quadriciclos da Polaris partem de mais acessíveis R$ 11 mil). O modelo com direção elétrica e amortecedores especiais sai por R$ 60 mil. Os de quatro lugares pulam para R$ 100 mil.

Em compensação, o UTV não precisa ser emplacado nem pagar IPVA.

Segundo os instrutores da caravana, "se você fizer tudo certo, o UTV vai a qualquer lugar. Se fizer tudo errado, também vai, só que chacoalha mais".

De fato o Razor encara obstáculos na terra ou na lama com facilidade. Para dirigir, basta acelerar e frear, já que o cambio automático CVT privilegia o torque em baixa velocidade. A direção eletricamente assistida é leve.

Os freios são eficientes, com discos nas quatro rodas. Para trilhas mais pesadas, aciona-se o 4X4 em um botão.

OUSADIA

Na terra, o Razor 800 mostra desempenho esportivo, com arrancadas rápidas e volante obediente.

Com a empolgação, logo vêm as manobras mais ousadas, como acelerar forte para "descolar" as rodas traseiras e derrapar na curva.

A suspensão é macia, copiando bem o terreno até em subidas de barranco, mas sempre confortável.

O UTV acelera rapidamente até os 70 km/h. Acima disso a pilotagem fica mais arriscada, como em todo veículo que roda por trilhas estreitas.

Sobe barrancos e rampas de 45º de inclinação com facilidade, assim como se livra de atoleiros com boa tração.

A posição para dirigir é agradável, com espaço suficiente para as pernas dos ocupantes, apesar de os bancos só terem regulagem de profundidade. Já o volante tem ajuste de altura.

Por segurança, o cinto do motorista é de quatro pontos, enquanto o do acompanhante é de três pontos. Usar capacete também é fundamental.

Estradas asfaltadas não são seu habitat. Mas trafega bem nelas até uns 80 km/h, apesar de haver alguma trepidação vinda dos grandes pneus lameiros.

Para rodar mais facilmente a até 100 km/h, alguns proprietários colocam pneus mistos, estilo cidade/campo, mas se perde aderência na terra, na lama ou na areia.

Segundo Paulo Brancaglion, da Polaris, dos 500 veículos vendidos no Brasil em 2013, 60% foram quadriciclos, e o restante, UTVs.

A empresa espera dobrar as vendas em 2014, mas inverter a proporção em favor dos UTVs.


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