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Carro ou moto?

Emissões de habilitação para motociclistas vêm crescendo em São Paulo; conheça as vantagens e as desvantagens dos veículos de duas rodas

GUILHERME SILVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Duas ou quatro rodas? Muitos se deparam com essa dúvida na hora de escolher qual tipo de veículo usar na cidade. Embora o carro ainda seja o meio de transporte particular mais comum entre os paulistanos, os novos condutores de motos tem aumentado.

Em 2012, foram emitidas 19,8 mil carteiras de habilitação para moto na cidade de São Paulo, cerca de 20% a mais do que em 2011.

Boa parte desses novos pilotos comprou a moto para lazer ou deslocamentos diários, e não para atividades profissionais. A prova disso é a queda nas vendas de motos de baixa cilindrada, usadas pelos motoboys, que enfrentam dificuldades com a restrição do crédito para financiamentos.

O fisioterapeuta Tiago Mena Barreto, 33, faz parte do grupo que prefere usar uma motocicleta em deslocamentos urbanos. Ele usa um scooter Honda Lead 110 para atender seus pacientes.

"Trabalho em regiões bastante congestionadas e com poucos lugares disponíveis para estacionar. Usando o scooter, consigo atender até 10 pacientes por dia. Porém, quando chove, tiro o carro da garagem. Isso aumenta meu tempo no tráfego e me leva a perder dois ou três pacientes", afirma o fisioterapeuta.

ECONOMIA

Além do ganho de tempo, a economia de combustível foi outro fator que levou Barreto a comprar o scooter. "Economizo cerca de R$ 300 em gasolina ao mês".

Porém, andar de motocicleta na cidade ou na estrada requer treinamento e uma nova percepção do trânsito.

"Não é correto falar que motos são perigosas. Na verdade, o que muda são os conceitos de segurança em comparação aos automóveis", afirma Geraldo "Tite" Simões, piloto e instrutor de pilotagem.

O instrutor ressalta que a segurança ativa é o mais importante quando se está sobre duas rodas. Isso envolve itens como eficiência dos freios, pneus em boas condições de uso e o próprio comportamento dinâmico da motocicleta. "Daí vem a necessidade de se usar os equipamentos obrigatórios de segurança diariamente".

Além do capacete, é recomendável utilizar jaqueta, luvas e calçado fechado.

Nos carros, a segurança passiva fica em evidência por meio de itens como cintos de segurança, célula de proteção da cabine e airbags.

Segundo Tite, alguns modelos de motos são mais indicados para quem está começando a pilotar.

"O scooter é um bom começo por ter câmbio automático, ser compacto e fácil de pilotar. Só peca pelas rodas pequenas, mais instáveis em asfalto ruim. Outra boa opção são as motos 250, que oferecem freios e suspensão mais eficientes do que as 125".

Um grande desafio para os iniciantes é saber como circular com segurança entre os carros e ter de dividir espaço com motociclistas mais experientes -e apressados.

"Há um risco enorme quando os pilotos novatos tentam pilotar como os motoboys. Muitos desses profissionais conduzem seus veículos de modo imprudente, mas, por rodarem muito, acabam aprendendo. O iniciante não tem tanta habilidade e, ao tentar segui-los, pode se envolver em acidentes", diz o instrutor.


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