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AMG deixa novo SL ainda mais rápido

Com tração traseira e 567 cv de potência, conversível de luxo da Mercedes combina bem com um dia no autódromo

Versão preparada é precisa nas curvas; excessos são domados com eficiência pelo controle de estabilidade

RODRIGO LARA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A recém-lançada versão esportiva do cupê conversível SL aproveita todas as melhorias da nova geração do modelo "comum", como o chassi mais leve e a consequente dinâmica melhorada.

Mas, se o SL 500 já era um veículo de tempero nervoso, a opção 63 AMG é brutal.

O motor 5.5 V8 biturbo oferece 564 cv e leva o carro de 0 a 100 km/h em pouco mais de 4s, segundo a Mercedes.

A Folha guiou o modelo no autódromo de Interlagos, em São Paulo. A sensação ao acelerar é a de que o seu corpo não vai acompanhar a carroceria. Um verdadeiro coice.

O condutor é bem tratado, com bancos que "vestem" o piloto como um terno feito sob medida, mas a impressão ao guiar é de que o SL 63 AMG está sempre mal-humorado.

Do borbulhar do motor, passando pela ânsia em deixar marcas de pneu no asfalto, terminando no comportamento entregue pela tração traseira, tudo é furioso.

A força ser despejada nas rodas traseiras é talvez o melhor e o pior do carro. Não é exagero dizer que sem o controle eletrônico de estabilidade, o Mercedes seria uma máquina de fazer drifting (competição onde o objetivo é fazer o carro derrapar).

Quando ligado, o sistema intervém com frequência. Tira um pouco da graça da condução, mas garante a segurança.

Trata-se de um carro especial, com grande disposição para encarar curvas. É só apontar o longo nariz do veículo para a tangência e fazer o contorno com precisão.

Quase dá para ignorar os 4,63 m de comprimento e os 1.845 kg de peso, o dobro de um carro compacto.

Frear também não demanda esforço. Equilibrado, o cupê parece estar equipado com uma âncora, tamanha é a eficiência ao parar.

TRANCOS

O câmbio é o automatizado AMG Speedshift MCT, de dupla embreagem e sete velocidades. Com o torque elevado, trancos são sentidos a cada troca de marcha.

Não chega a ser desconfortável, pois faz parte do show.

O modelo instiga o piloto que há dentro de cada um com detalhes como os apliques de fibra de carbono fartamente espalhados pelo acabamento do console.

O SL 63 AMG é como o James Bond atual, interpretado por Daniel Craig: bruto, violento e às vezes um tanto irracional, mas sem perder a pinta de galã que fez a fama do agente secreto ao longo do tempo.


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