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Peças e acessórios

Conectividade será mais relevante que força do motor, aponta estudo

JOHN R. QUAIN DO “NEW YORK TIMES”

As montadoras estão correndo para expandir suas ofertas digitais e rapidamente conectam os painéis dos automóveis a smartphones e a serviços como sistemas de monitoramento de tráfego.

Não agem assim porque lhes faltam ideias novas sobre recursos de luxo, mas para responder à demanda.

Um estudo recente da IBM aponta que os compradores cada vez mais selecionarão seus automóveis com base nas engenhocas que oferecem.

O trabalho mostra que, nos próximos oito anos, o consumidor se concentrará mais em opcionais com conectividade e menos em questões mecânicas do veículo.

OPINIÕES DIVIDIDAS

Embora a economia de combustível deva continuar sendo prioridade, a nova tendência está criando debates dentro das montadoras sobre como prover os serviços.

Eis a dúvida: os sistemas digitais para automóveis devem ser abertos e flexíveis ou controlados e restringidos pelas montadoras?

As opiniões dos fabricantes se dividem, sem preferência clara por um ou outro lado.

"Cerca de 50% dos executivos do setor antecipam que o mercado ficará mais ou menos aberto", diz Kalman Gyimesi, um dos autores do relatório da IBM.

A Ford, por exemplo, permite que fornecedores externos criem aplicativos que podem ser usados via smartphone nos carros da marca.

Do outro lado estão montadoras como a Mercedes, que prefere diferenciar seus sistemas e manter a lealdade dos consumidores exercendo firme controle sobre os recursos de conexão do veículo.

SEGURANÇA

Há também a questão da segurança. "Ninguém quer que o motorista cause um acidente por estar entretido em um jogo", atenta Jake Sigal, presidente da Livio Radio. A empresa criou o software que conecta carros da Chevrolet a celulares e serviços como canais de música na internet.

"Algumas montadoras de automóveis defendem que fazer o desenvolvimento por conta própria permite foco mais claro na confiabilidade e na segurança", afirma Sigal.

Uma desvantagem é que o serviço poderia ser oferecido muito tempo após o lançamento do carro, quando não despertariam tanto interesse.

A questão que embasa essa preocupação é um dilema técnico que já foi visto nos primeiros dias da computação: a falta de compatibilidade.

Em geral, o software e os serviços oferecidos nos diferentes carros não são compatíveis e, muitas vezes, requerem que os motoristas baixem múltiplos aplicativos.

PADRÃO

A compatibilidade é importante para os motoristas. De acordo com o estudo da IBM, cerca de 25% dos entrevistados consideram que a conectividade entre automóveis diferentes é essencial. Em outras palavras, as informações de trânsito e canais personalizados de música deveriam ser iguais e funcionar do mesmo modo em todos os carros.

No debate entre a tecnologia aberta e a fechada, a primeira quase sempre vence, de acordo com os analistas.

"A abordagem aberta tende a dominar os setores", afirma Gyimesi.

Como prova, basta estudar os sistemas operacionais para smartphones. De acordo com o grupo de pesquisa de mercado IDC, o sistema operacional Android detinha 68% do mercado mundial até outubro de 2012; a Apple ocupava um distante segundo posto, com quase 15%.


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