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Farol alto

Ao volante dos elétricos

Se fosse vendido com todas as taxas e sem incentivos fiscais, o Nissan Leaf custaria cerca de R$ 150 mil

Dirigi alguns carros elétricos nos últimos anos. O primeiro foi o indiano Reva i, em 2009. Os importadores tinham planos de vendê-lo por R$ 70 mil, preço inflacionado por impostos que ignoram os ganhos ambientais.

O projeto não vingou, mas não há muito o que lamentar. O veículo de dois lugares e visual exótico não era grande coisa.

No ano seguinte, guiei o Nissan Leaf nos Estados Unidos. A experiência foi bem melhor, pois não tinha cara de... experiência. É um carro real, espaçoso, confortável. Anda tão bem quanto um hatch médio com motor 1.6 e não pesa na consciência ambiental. Só no bolso.

Se fosse comercializado com todas as taxas brasileiras (não há qualquer tipo de isenção) e sem incentivos fiscais, o Leaf custaria cerca de R$ 150 mil. Enquanto o programa Inovar-Auto não beneficiar os elétricos, será preciso ter muito amor à natureza e pouco apego ao dinheiro para pensar em adquirir um.

Quando a Nissan trouxe um Leaf para exibições Brasil afora, tive a chance de guiá-lo novamente. O carro desfilou pela avenida 23 de maio e fez bonito na marginal Tietê.

Em condições ideais, é possível percorrer até 160 km com uma carga completa. No trânsito de São Paulo, e com o ar-condicionado ligado, fiquei feliz de ter conseguido rodar 90 km antes de ser alertado da necessidade de religá-lo na tomada. Tinha energia para mais uns 20 km.

Segundo os cálculos da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), a rede de distribuição de energia tem condições de absorver uma frota razoável de carros movidos a eletricidade, pois os motoristas deverão plugá-los na tomada à noite, quando o consumo é menor.

Não vejo neles a saída para todos os dilemas da mobilidade por questões de custo, praticidade e espaço urbano. Contudo, enquanto os carros convencionais são parte do problema, os automóveis elétricos são parte da solução.


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