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21/06/2010 - 20h52

Leia trechos do diário de Carlos Sussekind (pai)

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DE SÃO PAULO

Os diários do jurista carioca cobriram mais de 30 anos de vida política e privada brasileira. Seu filho, Carlos Sussekind, inspirou-se nas dezenas de milhares de páginas para a construção de sua obra de ficção.

Leia abaixo os trechos transcritos de alguns dias de setembro de 1943.

05.09.1943 seg.

O dia é de feriado municipal. É, ou deveria ser. Data da fundação da Cidade do Rio de Janeiro. Mas, ao que parece, o Governo Municipal não se apercebe disso. Qualquer fasto local é uma afronta à Unidade Nacional. Separatismo...

Saio de casa às dez e meia. Encontro-me com o Romão às onze. Vamos à Imprensa Nacional. Ao meio-dia, estamos livres da tarefa de rever o Relatório da Procuradoria, de 1943. Almoçamos num restaurante da Praça Mauá. Bem, mas caríssimo.

À uma e pouco, na Procuradoria. Trabalho intensamente até depois das cinco. Despacho muito. Converso muito. Aborreço-me muito. A nota do dia foi o novo recado do Romão a respeito da minha "aspereza" nos pareceres. Os desembargadores estariam estranhando. Não gosto da observação. Em todo caso, replico que antes ser rigoroso demais do que pecar por frouxidão. Ele concorda, mas pede que eu modere os meus pronunciamentos. - Não se apaixone, não se exalte, a gente pode dizer tudo o que quer sob uma forma hábil...
Saio, às cinco e meia, com o Pinto Amando, advogado de ofício. Depois, encontro o Mem e o Maurício Rabelo.

Em casa, às seis e meia. Jantar com Mamãe. Alegre. Depois, o Caíco experimenta um jogo novo - a "bagatela", com que o presentearam no Bennett. Adorável.
Vou levar Mamãe e Ana Maria. Volto às dez horas. Ainda leio e escrevo até as onze. Durmo às onze e meia.

21.09.1943 ter.

Mais um dia ambíguo. De sol frio. Fraco. Provavelmente fará calor à tarde, porque está nublado. Mas o sol promete.

Começo a trabalhar às sete e meia. Acordo às seis e vinte. Mas faço outras coisas. Jogo a "bagatela" com o Caíco. E nisso vai-se mais de uma hora...

Consigo despachar sete processos até as onze horas. Saio ao meio-dia. Chego à Procuradoria à uma hora. Trabalho até as cinco. Sem grandes aborrecimentos, é certo. Mas com muitas visitas.

Às cinco e meia vou à Academia Carioca. Sessão simples, no Conselho Municipal, 3o. andar. Falatório do Afonso. Indicação do Martins de Oliveira para uma herma a Moacir de Almeida.

Recitativo do Lemos Brito de um poeta português - Marcelo Matias.

A sessão termina às sete. Chego em casa às oito. Janto rapidamente.Vou, com Gilda, às dez ao cinema Astória, ver Esta terra é minha. Gostamos muito. Em casa, de volta, à meia-noite e tanto.

22.09.1943 quar.

Acordo às seis e meia. O dia está incerto. Quente, embora não muito. Nublado. Suspeito.

Trabalho até as onze e meia. Consigo despachar nove processos.

Saio ao meio-dia e pouco. Hoje, não é dia de ir à Procuradoria. Vou, primeiro, ao escritório do Francisco Chermont. Depois, seguimos, juntos, ao do Haeckel de Lemos. Pretendíamos liquidar o caso da presidência da Sociedade de Criminologia, que me querem impor à viva força. Mas não encontramos o homem. Percorro, depois, as livrarias. Consigo compra uma tradução da História de um crime de Vitor Hugo, que o Edgar apresenta como um "simile" perfeito da nossa época atual. É trabalho português. Mas, como está encadernado, e o preço é conveniente, me decido. Demoro-me a compulsar várias coleções modernas, que desconhecia. E, no Freitas Bastos, me interesso por alguns livros de Direito. Incrível, um Tratado de Direito Administrativo do Temístocles Cavalcanti em cinco volumes! Como esta gente escreve! Aliás, em castelhano, vejo um livro de 640 páginas sobre Apropriação indébita. Será possível?
Venho para casa antes das seis. Aproveito o bonde para ler o Um mundo só do Wilkie. Admirável. Já agora a sobrevivência do Roosevelt não aflige tanto. Há outros homens além dele nos Estados Unidos.

À noite, vou levar Ana Maria. Mas não me demoro. Também não trabalho muito. O braço direito volta a me incomodar. Será a flebite? Já me assusto. Tenho trabalhado relativamente tão pouco nesses últimos tempos! Enfim...

Durmo às onze horas, sem muito sono, mas apreensivo.

23.09.1943 quin.

O dia amanhece francamente chuvoso. E escuro. Escuríssimo. Não parece que seja temporal, contudo. É dia de peneiração, apenas. Mas faz frio, o que já é uma vantagem.

Preocupo-me com a ida, à noite, ao Bennett.Vai haver conferência do Josué de Castro. Terei de "apresentá-lo". É pau, isso. Não dou para improvisos. E o desgraçado fala bem. Vai ser cacete. Em todo caso, alinhavei umas palavras, que talvez me defendam de um fracasso total.

Trabalho das sete e meia às onze. A manhã das 5as. feiras é destinada ao Conselho Penitenciário. Reexamino um parecer do Miguel Sales, de que pedira vista na sessão passada. Mas não acho do que discordar. Relato mais dois casos de livramento condicional. Em ambos, sou contrário.

Não tenho coragem de dar parecer nas revisões. Destaco cinco para o Romão, que m' as pediu. No fim desta semana atacarei as que ficaram e as que talvez entrem hoje.
Ainda consigo despachar alguns processos que demandam pouco esforço.

Saio de casa ao meio-dia. Vou, direto, ao Tribunal. O dia corre calmo. O Romão, com o Gentil amordaçado, é outro homem. Corre, aliás, que o Magalhães Barata, do Pará, se bate por ele. É mau, isso. A sua demissão tem de vir. Do contrário, a posição do Romão será difícil.

Às quatro horas vou ao Conselho Penitenciário. Sinto a tremenda má-vontade do Serpa, gêmea da do Plácido. Ambos não podem conceber que eu ganhe os meus jetons. No entanto, nunca lhes perguntei pelo que fazem na advocacia. É curioso!

Sessão longa, a do Conselho. Relato dois livramentos, concordando com o do Miguel Sales, que se diz lisonjeado por isso. Ótimo velho! Comparecem todos os "conselheiros", o que aumenta o stock de piadas e diminui o de biscoitos na hora do chá.

Em casa às sete, pelo ônibus 68. Ao jantar, o Caíco presenteia-nos com um novo verso. Di-lo feito no ritmo do concerto de Tchaikowski, que lhe trouxe no dia dos anos, mas só ontem ouviu, em versão fox-trot.

Brasil
Música: Concerto de Tchaikowski em fox-trot.
Letra: de Carlos S. Mendonça Filho

I
Em ti, só vejo
Paisagens lindas,
Terras infindas
Do sertanejo.
Torrão extenso
De gente heróica,
Oh terra estóica
de valor imenso!

II
Teus grandes rios,
De água imortal,
Defendem mal
O teu torrão.
Tão grandes são
As tuas terras
Que nem mil serras
Te cercariam.

III
Lua tão bela,
A do sertão:
Os raios dela,
Que belos são!
O sertanejo,
Numa jangada,
É o seu desejo
Vê-la iluminada.

IV
Tu estás contente,
Brasil potente,
Vendo teus filhos
Te melhorando
'Stão trabalhando
Pra tua riqueza
Dando grandeza
A uma grande Nação.

A pressa com que os fez e o ritmo da música -a que se adapta realmente - prejudicaram um pouco a forma e a própria idéia. Ainda assim, há versos belos. Os da II estrofe dir-se-iam "mediúnicos". A afirmação de que os nossos rios defendem mal o Brasil é euclideana. O final, aquele "Tão grandes são - as tuas terras - que nem mil serras - te cercariam!" é digno de figurar na Canção do Exílio.

Saímos, eu e Gilda, para o Bennett às sete e quarenta e cinco em ponto. Chegamos às oito e quinze.

Inútil dizer que fomos o primeiros. Miss Hyde se mostra inquieta com a chuva. Afastará todo o mundo! Mas, aos poucos, vão chegando as pessoas. E a sala se enche.
O Josué chega às oito e meia em ponto. Simpático. Posudo, mas ao mesmo tempo, simplório.

Abro a sessão faltando quinze para as nove. Sentamo-nos juntos na mesa, em frente ao auditório. Forço a naturalidade e digo mais ou menos isso:
"O professor Josué de Castro, que hoje nos honra com a sua visita, não é pessoa que precise ser apresentada a uma assistência culta como esta do Círculo de Pais e Professores do Colégio Bennett.

"Ele é um nome que se apresenta por si mesmo.

"Professor de filosofia, antes de se fazer clínico de nomeada, a sua inteligência nunca se perdeu em devaneios doutrinários, mais ou menos líricos.

"Aplicou-se sempre a temas práticos, de interesse imediato.

"E - o que é raro em nossa terra - apesar desse rumo diferente que imprimiu ao seu espírito, tão contrário às tradições livrescas da nossa cultura - venceu - e se fez autoridade, dentro e fora do país.

"Ainda há pouco, e viagem recente que empreendeu aos Estados Unidos, teve oportunidade de verificar a extensão desse triunfo.

"O tema, com que nos vai deliciar, é um de seus temas prediletos.

"Pode-se dizer, sem exagero, que S. S. é hoje, a maior autoridade que o Brasil posssui em matéria de alimentação.

"Quem o vê não acredita nisso.

"Realmente, ele não tem nenhum dos traços com que a nossa imaginação representa a figura clássica do homem de ciência.

"Não é velho, não tem barbas, não tem pose e não emprega a linguagem pedantesca que parece propositalmente feita para não se compreendida. Muito pelo contrário, é um homem moço, escandalosamente moço, simples, afável, natural, quase bonito e que fala admiravelmente claro e bem.

"Mas os senhores vieram aqui ouvir uma palestra do professor Josué de Castro - e não sobre o professor Josué de Castro.

"Eu não tenho o direito, e nem o propósito, de retardar esse prazer.

"Tem a palavra, pois, o professor Josué de Castro."

Parece que o speech agradou. Ele começou agradecendo e se desculpando do não corresponder ao anunciado.

Falou uma hora, quase. E falou bem. Muito bem, mesmo.

Ao terminar, tive, ainda, de ser o único comentador, pois os outros se calaram.

O que foi esse segundo improviso não sei bem.

Sei que pude fazer algumas ironias que fizeram Venâncio rir.

E a sala aplaudiu-me.

Disse, em suma, que ele havia excedido ao que eu anunciara, pois não falava bem somente - falava "torrencialmente bem".

Falei do meu ceticismo em relação aos técnicos de alimentação.

Em primeiro lugar, por um motivo pessoal. Era gordo. Gostava de comer. E tinha raiva de quem prescrevia restrições alimentares. Em segundo lugar, porque não acreditava no êxito dos que pregavam alimentação racional numa época de alimentação racionada.

Disse, então, para exemplo, que lera numa publicação oficial do Serviço de Educação Sanitária que, com 3500 calorias, qualquer pessoa podia alimentar-se bem por dia. Desafiei, então, a que esse técnico otimista conseguisse o que pregava, mesmo "em fita". E fui por aí afora.

Confesso que gostei do meu desembaraço, até desconheci-me...

De saída, fomos ao São Luiz. Mas a fita era péssima. Tentamos o Politeama. Idem. Viemos, então, para casa. Tomei um sorvete no Ipiranga. E tivemos de telefonar para que nos abrissem a porta, pois me esqueci da chave.

24.09.1943 sex.

O dia ainda amanhece frio. Mas, já sem chuva. Talvez que até faça sol, mais tarde.

Levanto-me à hora habitual. Mas só começo a trabalhar depois das oito horas. Trabalho até as onze. Consigo despachar alguns processos. Poucos. Também, desta vez, não me mandaram muitos. Deram-me tempo para ficar em dia.

Chego na Procuradoria à uma hora. O dia corre calmo. Não deixou de chove um só momento. E isso explica a calma.

Saímos às cinco e pouco. De automóvel, pago pelo Serpa. Passo pela casa do Roberto Lyra para apanhar uns processos do Conselho Penitenciário. Ainda assim, chego em casa antes das seis e meia. Dia de lanche-ajantarado. Gilda faz chocolate. Por cúmulo de atrevimento, ainda me ponho a comer um queijo que comprei ontem à noite. Queijo medonho de cheiro!

Ninguém o suporta, porque de gosto é danado também. Mas, para não sacrificar a manteiga com que o misturei agüento-o até o fim. E só foi um pedaço. O resto, a cozinheira nem bota no lixo para não infestar a lata: joga no quintal do vizinho...

Pois apesar de tudo isso, passo o resto da noite bem saio com toda a chuva para levar Ana Maria, trabalho até as onze e meia e não tenho nada! Só à noite sonhei com o Canto, que morreu intoxicado por um queijo "brabo". Magnífico antídoto, esse "extrato hepático' do Vital Brasil! Creio que achei a minha fórmula de saúde.

25.09.1943 sab.

O dia amanhece ainda chuvoso. E frio. Levanto-me um pouco mais tarde do que de costume. E começo a trabalhar às oito horas.

Até as onze e meia despacho cinco processos. Almoço ao meio-dia. Com a melhor disposição do mundo. Mas o famigerado Rubem Figueiredo achou de me telefonar precisamente à hora em que me sentava à mesa, e, como a empregada respondesse que eu não podia atender por estar ocupado, desmandou-se em impropérios, o que me provocou outros tantos, não contra ele, mas contra a empregada, contra o telefone e contra Gilda que os defendeu e me atacou.

À uma hora, saio, com o Caíco. Vamos comprar soldados e cortar o cabelo dele. Admirável, sempre, ele me distrai o mais possível, fazendo-me esquecer a impressão do incidente.
Chegamos em casa às três horas. Trabalho até as cinco. Despacho mais três processos. Findo o que, torno a sair com o filho. Vamos tomar lanche no Ipiranga. E, para me reconciliar com a esposa, compro-lhe uns abat-jours há muito prometidos.

Volta, às cinco e meia. Trabalho até as sete, despachando mais dois processos, os últimos que me faltavam despachar da remessa de 5a. feira da Procuradoria. Terei, agora, a manhã toda de amanhã e de 2a. feira para as "revisões" e os "desarquivamentos".

Depois do jantar, não levo Ana Maria. Vou, com o Caíco ao Americano. Vemos três filmes - Bairro japonês, Bestas selvagens e o último episódio da série Dick Tracy contra o crime. Bons, todos eles. De volta à casa, às onze, ainda leio alguns capítulos da tradução portuguesa da História de um crime de Vitor Hugo. Durmo depois da meia-noite.

26.09.1943 dom.

Acordo às sete e meia. E ainda chove! Decididamente o mundo está virado. Quase outubro e a temperatura é ainda um frio de rachar! O Observatório fala em 12 dias de chuva. Como já estamos há 4, faltam 8. Confere.

Começo a trabalhar às oito horas. Até as onze e meia já tinha despachado 3 revisões. Levanto acampamento. Vou comprar petisqueiras para o almoço. E almoçamos à uma hora, sem visitas só com a prata da casa.

Às duas horas, visto-me. E fico jogando damas com Gilda, tocando vitrola, lendo, matando o tempo à espera dos estudantes que deveriam vir, com o Leônidas Marafelli, convidar-me para "orientar" a revista Renovação. Devem ter desistido no meio do caminho, porque não apareceram. Quem telefonou foi o Américo Jacobina, diretor da "Casa de Rui Barbosa". Convidou-me oficialmente para prefaciar a coletânea do Diário de Notícias, 2a. fase. Marquei com ele na 3a. feira, às seis da tarde.

Saio às cinco e meia. Vou, com Gilda e Caíco, lanchar no Ipiranga. às seis, rumamos a pé para a casa de Vodica. Jantar e noite relativamente calmos. De conversas brandas. O Edgar se assusta um pouco com uma opinião de um médico do Ministério da Educação sobre o seu estado. Mas Dr. Agenor o tranqüiliza. Boas notícias na B.B.C. sobre a frente russa. O Carlito é que não está passando nada bem.

Em casa, às dez. Ainda leio um pouco. Victor Hugo. Durmo antes das onze e meia.

27.09.1943 seg.

O dia amanhece de sol. Um sol frio, mas sol. Acordo pouco antes das sete. Até as oito fico na janela do gabinete em busca de "ergosteriol". Às nove e meia uma boa novidade: os proprietários do apartamento mandaram pintar-lhe as janelas. Já é alguma coisa... Isso me faz suspender o trabalho mais cedo. Ainda assim, consigo despachar mais duas revisões, e das mais volumosas. Not bad.

Saio às onze e meia, que hoje é dia de pagamento: temos de estar na Procuradoria ao meio-dia em ponto.

Chego, de fato, a esta hora. A agitação própria dos dias de pagamento. Ela explica que eu tivesse brigado com o Roberto Lyra por uma questão à toa: o não saber que Alcides Carneiro estava brigado com o sogro, o José Américo. Passo o resto da tarde aborrecido por este fato. às cinco horas, saímos do Ministério, eu, o Romão e o Vieira Braga. Vamos ao Ministério da Justiça. Saímos às seis e meia, com a notícia da exoneração do Alcides Gentil.
às oito horas, encontro Gilda, com quem marcara para jantar na cidade. Jantamos no antigo Café Tavares. Depois, vamos a Casablanca, no Patêzinho. Acaba o filme à meia-noite. Pegamos ainda um ônibus. Em casa, antes de uma hora.

28.09.1943 ter.

Acordo às sete horas. Passo a manhã examinando dois inquéritos arquivados. Não despacho apelações, porque a Procuradoria só mandou ontem cinco processos, e esses eu esgoto amanhã.

Chego na Procuradoria às duas. Antes, passo pelo Conselho Penitenciário onde fui receber os jetons de setembro. Lá estava o Roberto Lyra. Tratou-me com frieza. Decididamente zangou-se. Paciência. Se eu tive culpa, também a teve. Estamos quites.

Passamos a tarde toda na convicção de que o Romão não tinha ido, pois ele até as cinco não aparecera. Mas estava no Conselho de Justiça. Quando surgiu na porta, foi como se aparecesse um fantasma. Estava, todavia, de bom gênio. Despachamos até as cinco e meia. Saímos juntos. Até a Avenida.

Chego em casa às seis e meia. Janto sem novidade. Visita, à noite, do Leônidas Marafelli. Meia hora, apenas. Veio confirmar o convite para orientar Renovação. Prometo, sem assinatura. Farei, livremente, o que puder.

Às nove e meia, vou levar Ana Maria. Converso um pouco com Mamãe e Irene. Telefono ao Edgar. E saio antes das 10. De volta, em casa, escrevo uma carta, tento ler o Wilkie, mas não vou além, de umas dez páginas.

Durmo às onze horas.

29.09.1943 quar.
[...]

 

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