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Senado espanhol pede proibição da burca em locais públicos
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DA EFE, EM MADRI
O Senado espanhol aprovou nesta quarta-feira uma moção da oposição conservadora que pede ao governo a proibição nos espaços públicos da burka e do "niqab", véus islâmicos que cobrem quase totalmente a mulher.
Apresentada pelo opositor Partido Popular (PP) e apoiada pelos nacionalistas catalães, a iniciativa defende a realização "das reformas legais e regulamentares necessárias" para proibir o uso destas roupas em espaços públicos que não tenham finalidade estritamente religiosa.
A moção na câmara alta do Parlamento contou com a oposição do governante Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), apoiado por nacionalistas bascos e um pequeno partido catalão.
Com esta votação, o Senado rejeitou também uma emenda do PSOE que propunha regular o uso destas vestes através da colaboração com as comunidades muçulmanas, da educação no respeito à dignidade pessoal e a igualdade entre homens e mulheres e da sensibilização social e a formação.
O ministro da Justiça espanhol, Francisco Caamaño, se opôs recentemente a burka por razões de dignidade e de segurança nos espaços públicos, e anunciou que a Lei da Liberdade Religiosa tratará de forma geral o relacionado com o uso destas prendas.
A burka é uma túnica que cobre a mulher completamente, da cabeça aos pés, e que tem uma tela na altura dos olhos para permitir a visão, e o "niqab" é um véu que só deixa os olhos a mostra.
Calcula-se que na Espanha residem mais de um milhão de muçulmanos. Segundo fontes oficiais, 775 mil marroquinos residem legalmente na Espanha, o que a transforma na comunidade estrangeira mais numerosa do país.
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