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24/06/2010 - 21h52

Suposto líder do tráfico jamaicano chega a Nova York para julgamento

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O suposto rei do tráfico jamaicano Christopher "Dudus" Coke chegou em Nova York sob forte esquema de segurança nesta quinta-feira para enfrentar acusações de ter inundado a costa leste dos EUA com carregamentos de cocaína e maconha, disseram autoridades.

Coke embarcou em um pequeno avião sob custódia da polícia judicial americana (US Marshals), no Aeroporto Internacional Norman Manley, em Kingston, capital da Jamaica. Ele foi levado à região de White Plains, nos subúrbios de Nova York.

Coke deve ser levado para uma prisão federal em Manhattan para aguardar acusações nesta sexta-feira.

Não houve registro de violência hoje na Jamaica.

Coke foi detido pela polícia nas redondezas de Kingston nesta terça-feira, pondo fim pacificamente a uma busca que levou a uma série de confrontos violentos na capital jamaicana no mês passado.

Ao menos 76 pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em quatro dias de troca de tiros no mês passado, quando a polícia e o Exército invadiram a favela de Tivoli Gardens, no oeste de Kingston, em busca do narcotraficante.

Na semana passada, a polícia da Jamaica chegou a oferecer uma recompensa de US$ 20 mil (cerca de R$ 35 mil) por informações que levassem à prisão de Coke.

Declaração

Coke disse estar profundamente triste pelas vidas perdidas no combate e decidiu não contestar sua extradição tendo em vista os interesses de sua família e de seu país.

"Tomo esta decisão que acredito agora ser o melhor para minha família, a comunidade do oeste de Kingston e, em particular, a população de Tivoli Gardens e, acima de tudo, de toda a Jamaica", disse em comunicado divulgado à imprensa. Foi sua primeira declaração pública desde que os EUA pediram sua extradição, em agosto.

Os EUA pediram a extradição de Coke em agosto do ano passado, mas a Jamaica inicialmente negou o pedido, alegando que as provas contra ele tinham sido reunidas por meio de grampos telefônicos ilegais.

Um pedido de prisão para começar o processo de extradição de Coke foi finalmente divulgado em maio.

Acusações

Coke, 42, pode ser condenado a prisão perpétua nos EUA se for considerado culpado de tráfico de drogas e armas.

Uma acusação revelada no mês passado por uma corte federal em Manhattan alega que, desde 1994, membros da gangue "Shower Power" na Jamaica e seus parceiros nos EUA "venderam narcóticos, incluindo maconha e cocaína, sob comando de Coke".

Os envolvidos americanos, diz a acusação, "costumavam mandar dinheiro e bens, incluindo roupas e eletrônicos, para Coke como homenagem, em reconhecimento por sua ajuda e liderança". A homenagem também incluía armas de fogo.

Audiência

A audiência de extradição durou 15 minutos sob forte segurança em um posto militar em Kingston, sob temor de possíveis ataques de apoiadores de Coke.

Coke usava uma corrente de ouro sobre uma camisa azul listrada, e estava cercado de oficias de segurança. Ele chacoalhou a cabeça para jornalistas no caminho para a corte, e reconheceu entender que vai enfrentar julgamento em Nova York.

Ele expressou confiança de que vai ser considerado inocente e poderá voltar à sua família na Jamaica.

 

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