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24/06/2010 - 22h29

Em telefonema, Obama parabeniza a nova premiê da Austrália

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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente dos EUA, Barack Obama, telefonou a Julia Gillard nesta quinta-feira para dar os parabéns por ser tornar a primeira premiê mulher da Austrália.

Julia Gillard, nomeada na quinta-feira, prometeu encerrar a polêmica que envolve um novo imposto de mineração, retomar um esquema de créditos de carbono e convocar eleições nos próximos meses.

Daniel Munoz/Reuters
Julia Gillard, que era vice do Partido Trabalhista, ganha a liderança e assume como 1ª premiê
Julia Gillard, que era vice do Partido Trabalhista, ganha a liderança e assume como 1ª premiê

Seu antecessor, Kevin Rudd, protagonizou uma renúncia dramática, quando estava prestes a ser derrubado numa votação interna do seu Partido Trabalhista, menos de três anos depois da sua arrasadora vitória eleitoral de 2007.

Rudd era um herói trabalhista, que levou o partido ao poder em 2007, após 11 anos na oposição. Rudd foi um dos premiês australianos mais populares nas pesquisas nos tempos modernos, até que voltou atrás em algumas decisões políticas. Em abril, por exemplo, decidiu arquivar planos para obrigar os principais poluidores da Austrália a pagar por suas emissões de gás carbônico.

A Casa Branca disse que Obama "elogiou a especial aliança entre os EUA e a Austrália, e os interesses, valores e vínculos compartilhados que sustentam essa aliança".

"Ambos os líderes reafirmaram seu comprometimento de trabalhar juntos na variada gama de desafios globais que confrontam os dois países, incluindo no Afeganistão", disse a Casa Branca na noite desta quinta-feira.

Antes, o secretário de Imprensa Robert Gibbs disse que Obama estendeu seus agradecimentos ao ex-primeiro-ministro Kevin Rudd, "que continua um grande amigo dos EUA".

Entrevista

A nova líder da Austrália, Julia Gillard, assinalou nesta quinta-feira que a decisão de assumir como primeira-ministra após a renúncia de Kevin Rudd foi tomada por que "o governo estava perdendo o rumo".

Gillard ressaltou em entrevista coletiva, que durante o tempo que ocupou o cargo de vice-primeira-ministra foi leal e respeitosa com o líder que viria a renunciar.

"Houve um desacordo na direção de nosso governo", disse, embora tenha ressaltado a contribuição feita por Rudd à Austrália durante seus dois anos e meio de mandato.

Gillard lembrou que Rudd pediu perdão aos aborígines pelos abusos sofridos no passado, ordenou a retirada das tropas do Iraque, reforçou o compromisso no Afeganistão e liderou ao país em meio à crise financeira.

Também elogiou Rudd por realizar uma reforma no sistema sanitária e tentar forjar um acordo internacional na luta contra a mudança climática.

A nova líder trabalhista escolheu como vice primeiro-ministro o Secretário do Tesouro, Wayne Swan, que, segundo ela, "nos guiou através da crise econômica e agora nos guia rumo ao superavit".

Antes de assumir como primeira-ministra da Austrália, Gillard disse que pedirá à governadora geral, Quentin Bryce, que convoque eleições nos próximos meses.

"Enquanto isso, peço aos australianos sua consideração e seu apoio para poder dirigir um Governo bom e estável centrado nas necessidades dos australianos", assinalou.

A líder afirmou ainda que, caso vença as próximas eleições, buscará a aprovação da controvertida legislação sobre comércio de gases causadoras do efeito estufa e a introdução do imposto sobre minas, dois dos principais assuntos que minguaram a popularidade de Rudd.

Entretanto, garantiu: discutirá esses dois assuntos "buscando o consenso, negociando e pondo fim às incertezas"

 

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