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Chávez pede que novo presidente da Colômbia retire bases dos EUA do país
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DA ANSA, EM QUITO
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, afirmou nesta sexta-feira que seria muito positivo se o futuro chefe de Governo da Colômbia, Juan Manuel Santos, decidir retirar as forças dos Estados Unidos de seu país, evidenciando seu "desejo de mudança".
"Pelos seus frutos, os conhecereis", acrescentou Chávez, referindo-se às expectativas em relação a Santos, eleito no último domingo à presidência colombiana e que sucederá Álvaro Uribe -- com quem o venezuelano não tem boas relações -- a partir de agosto.
Chávez, que está no Equador para o último dia da Cúpula da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), também lançou outras críticas aos Estados Unidos que, segundo ele, estariam utilizando o destaque dado ao Mundial da África do Sul para enviar forças às proximidades do Irã.
"Enquanto isso, o império ianque já despachou submarinos nucleares, porta-aviões e toda uma frota para cercar o Irã", advertiu Chávez, recorrendo a um artigo do ex-presidente de Cuba Fidel Castro.
Entre um gol e outro, "Fidel está alertando sobre o que considera a quase iminência de uma guerra no Oriente Médio", complementou.
Em um artigo publicado ontem, o líder cubano disse que não é apenas os Estados Unidos que estão aproveitando o período da Copa do Mundo para realizar suas investidas militares.
"Junto às forças navais ianques avançam navios militares israelenses, com armamento igualmente sofisticado, para inspecionar quantas embarcações partem para exportar e importar produtos comerciais que o funcionamento da economia iraniana requer", escreveu.
O ex-presidente também afirmou que agora só falta "calcular quando as forças navais dos Estados Unidos e de Israel se moverão para a área costeira do Irã".
Além de Chávez, participam do encontro no Equador o presidente boliviano, Evo Morales, delegações de Cuba, Dominica, Antígua e Barbudas, Nicarágua e São Vicente e Granadinas, e também o anfitrião do evento, o equatoriano Rafael Correa.
A 10ª Cúpula da Alba, iniciada ontem, teve como eixo central a integração dos Estados com os povos indígenas e afrodescendentes.
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