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28/06/2010 - 19h30

Petrolíferas interrompem negócios com Irã e aumentam pressão econômica

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A pressão econômica sobre o Irã cresceu nesta segunda-feira após duas petrolíferas interromperem os negócios com o país persa. Além disso, os Emirados Árabes Unidos, vistos como uma linha vital de comércio para Teerã, ordenaram o congelamento de algumas contas bancárias ligadas à República Islâmica.

Os últimos acontecimentos destacam o crescente isolamento internacional imposto ao Irã por seu programa nuclear, acusado pelas potências ocidentais de ser um disfarce para o desenvolvimento de armas nucleares. Teerã nega, e diz que seu programa é pacífico para a geração de eletricidade.

A empresa francesa Total se juntou a uma crescente lista de empresas que interromperam a venda de gasolina ao Irã. A espanhola Repsol disse ter se retirado de um contrato para desenvolver parte da extensa reserva de gás South Pars, no Golfo.

"A Total suspendeu as vendas de gasolina e produtos refinados ao Irã", disse um porta-voz da empresa em Paris.

As decisões foram anunciadas quatro dias após o Congresso dos Estados Unidos ter aprovado um projeto de lei para punir empresas que fornecerem gasolina ao Irã, o quinto maior exportador de petróleo do mundo, mas que enfrenta dificuldades de refino para atender à sua própria demanda de combustível.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) renovou em 9 de junho sua condenação à política nuclear iraniano em uma resolução acompanhada por sanções, a quarta desde 2006.

Às medidas da ONU somaram-se nesta semana sanções extras aplicadas pelos EUA e pela UE. No dia 16, o Tesouro dos EUA impôs sanções adicionais ao Irã por seu programa nuclear, pondo na "lista negra" mais empresas e pessoas suspeitas de ligações com o programa nuclear ou de mísseis do Irã.

As medidas proíbem transações de americanos com as entidades listadas, e buscam congelar quaisquer bens que elas tenham sob jurisdição americana. A União Europeia anunciou medidas adicionais semelhantes no dia 17.

Emirados Árabes Unidos

Se movendo para implementar mais uma rodada de punições, o banco central dos Emirados Árabes Unidos pediu a instituições financeiras que congelassem quaisquer contas bancárias pertencentes às dezenas de empresas ligadas ao Irã e mencionadas na resolução de 9 de junho, disse uma fonte bancária.

Na semana passada, um jornal local informou que a federação de sete membros estava "endurecendo a linha" com empresas que o Conselho de Segurança suspeita que ajam como fachada para fornecedores às atividades nucleares do Irã.

O Irã e os EAU têm fortes relações econômicas e históricas e dezenas de milhares de iranianos vivem e trabalham no país árabe, muitos deles envolvidos em negócios bilionários com o Irã.

Reação iraniana

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, rejeitou as últimas medidas punitivas, declarando que seu país pode se tornar autossuficiente na produção de gasolina "em uma semana, não tem problema".

Ahmadinejad afirmou que o Irã está preparado para voltar a negociar apenas na segunda metade do festival muçulmano do Ramadã, no fim de agosto, como uma "punição" pelas novas sanções, e pediu a inclusão de países independentes nas negociações.

"Eles têm tanto medo assim de duas bombas? Há 20 mil bombas estocadas e eles temem dessa forma a possibilidade da existência de duas bombas? Isso é realmente impressionante", afirmou ele.

COM AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

 

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