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Milhares vão às ruas da Itália para dizer não à "lei da mordaça"
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DA EFE, EM ROMA
Milhares de pessoas se manifestaram hoje em 22 cidades italianas para dizer "não" à chamada "lei da mordaça". O projeto de lei prevê multas e penas de prisão para quem divulgar o conteúdo das escutas telefônicas incluídas em investigações oficiais.
A convocação, realizada pela Federação Nacional da Imprensa Italiana (FNSI) e projetada também para Paris, Londres e Bruxelas, teve o apoio de organizações sociais e formações políticas opositoras.
O secretário-geral do Partido Democrata (PD), Pier Luigi Bersani, o ex-magistrado Antonio di Pietro e escritores como Carlo Lucarelli participaram da manifestação de Roma, onde o calor não impediu que a central praça Navona se enchesse de cidadãos, muitos deles amordaçados.
Bersani se declarou "a favor de uma retirada absoluta do texto" e considerou que a lei deve "ser reformulada".
Os manifestantes encheram a praça de exemplares da Constituição italiana de 1948 e de cartazes com palavras de ordem.
Nas concentrações das diversas cidades italianas estiveram representados todos os jornais que no dia 11 de junho deixaram sua primeira página em branco para denunciar os limites que a nova lei impõe à liberdade de informação.
Antes que no dia 29 de julho o texto chegue ao plenário da Câmara dos Deputados para debate e aprovação, os jornalistas convocaram uma "jornada de silêncio" para o próximo dia 9, no qual está previsto uma greve informativa de 24 horas.
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