Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/07/2010 - 21h59

Turquia e Israel discutem reaproximação após incidente com frota

Publicidade

SIMON CAMERON-MOORE
DA REUTERS, EM ISTAMBUL

A Turquia disse diretamente a Israel nesta semana em Bruxelas o que o Estado judeu precisa fazer para recuperar as relações bilaterais, abaladas pela morte de nove ativistas turcos numa ação militar israelense contra barcos que se dirigiam à faixa de Gaza, no fim de maio, disse o chanceler turco nesta quinta-feira.

A Turquia, que já foi o principal aliado islâmico de Israel, tem dito que espera dos israelenses um pedido de desculpas, um pagamento de indenização e o aval a um inquérito da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o incidente, envolvendo uma frota que levava ajuda humanitária aos 1,6 milhão de palestinos submetidos ao bloqueio econômico de Israel na faixa de Gaza.

"Vamos continuar indo atrás dessa questão," disse o chanceler Ahmet Davutoglu, referindo-se às condições impostas pela Turquia, que pediu também pelo fim do embargo a Gaza.

O chanceler se reuniu na quarta-feira com o ministro israelense de Comércio e Indústria, Binyamin Ben Eliezer.

"Demos voz às nossas exigências. Temos trazido nossas exigências para a pauta em todas as oportunidades," acrescentou ele em nota.

Por causa do incidente naval, a Turquia retirou seu embaixador de Tel Aviv, cancelou exercícios militares conjuntos e proibiu aviões militares israelenses de entrarem no espaço aéreo turco.

Israel diz que seus soldados agiram em defesa própria, pois estavam sendo agredidos ao abordarem o navio turco Mavi Marmara, que fazia parte da frota humanitária. Sob pressão internacional, Israel depois disso atenuou o embargo à faixa de Gaza.

Sob o governo de Tayyip Erdogan, a Turquia passou a se aproximar de vizinhos islâmicos e adotar posturas mais críticas a Israel, inclusive condenando a ação militar de 2008 contra a faixa de Gaza.

Os EUA têm pressionado os dois países --ambos seus aliados-- a restabelecerem suas boas relações, o que era útil para os interesses norte-americanos no Oriente Médio.

O presidente dos EUA, Barack Obama, encontrou-se no domingo com Erdogan em Toronto, e deve receber na semana que vem o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página